Músico, produtor cultural e jornalista é indicação do PP, confirmando articulações para o palanque de reeleição de Pazolini
Anunciado pela Prefeitura de Vitória e oficializado por ato no Diário Oficial desta quarta-feira (16), o músico, produtor cultural e jornalista Edu Henning é o novo secretário municipal de Cultura, confirmando especulações do mercado que ganharam força nas últimas semanas. Embora não tenha filiação política, ele é indicação do PP, o que consolida as articulações que sinalizam aliança entre o partido e o Republicanos, do prefeito Lorenzo Pazolini, para as eleições de 2024.
Com a nomeação, Edu Henning, que integra a banda Clube Big Beatles, assume o lugar do substituto interino, o subsecretário Tiago Benezoli, nomeado após a exoneração de Luciano Gagno, que agora é assessor especial na Secretaria Municipal de Governo, comandada por Aridelmo Teixeira (Novo), e acumulou denúncias e problemas à frente da pasta de Cultura.
A prefeitura classificou o novo secretário como uma pessoa “com amplo conhecimento na área cultural nos cenários capixaba, nacional e também internacional”.
Para acomodar o PP, em maio passado o vereador e presidente da Comissão de Cultura, Anderson Goggi, chegou a ser convidado para assumir a cadeira, mas recusou alegando “que o período de 8 meses, estipulado para minha possível gestão na secretaria, seria insuficiente para realizar um trabalho de excelência e promover transformações significativas para a cidade e para o ecossistema cultural capixaba”.
Os dois partidos, liderados pelo deputado federal Da Vitória (PP) e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), estão em conversas há meses, tendo a Capital como um dos projetos prioritários para as eleições municipais.
O antigo secretário, Luciano Gagno, foi exonerado em 1º de agosto, mas essa não foi a primeira vez. Ele já havia passado por uma exoneração em julho de 2022, após ser denunciado em Boletim de Ocorrência (BO) por crime de racismo, registrado pela coordenadora de Ações e Projetos da Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold), Deborah Sabará, após afirmar em reunião sobre apoio a evento, que “a comunidade LGBTQIA+ não faz parte da nossa política”. Contudo, no mês seguinte ele reassumiu.