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Essa que nos ilumina

Já imaginou uma super estrada dando a volta ao mundo em 180 dias?

Quem dormiu cedo na quinta e sexta-feira passadas perdeu: nas noites de 30 e 31 de agosto nosso céu foi agraciado com uma Super Lua Azul, a mais rara e bela de todas as luas. Que afinal é uma só: uma super lua ocorre quando ela está mais próxima da terra, aparentando ser maior e mais brilhante. Para aumentar seu esplendor, essa foi uma lua azul, que ocorre quando a lua cheia aparece uma segunda vez no mesmo mês – esse ano nos dias 30 e 31 de agosto. Quem dentre vós terá o prazer de ver de novo outra super lua azul? Ela só vai brilhar nos céus em 2037.

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Essa velha e constante companheira está sempre nos vigiando, embora nem sempre visível. Linda vista assim de longe, mas não tem florestas nem jardins, plantas nem flores, rios nem cachoeiras, bichos, pássaros ou peixes. Seu solo é estéril, coberto por pedras e poeira chamados regolite. Nome dado pelos terráqueos, claro, que nada sabemos sobre o infinito espaço azul onde flutuamos em constante rotação. Fico tonta só em pensar se tem outros animais pensantes em outros planetas olhando para nós.

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Uma coisa é certa, porém: ninguém está nos olhando da lua, a não ser os astronautas que por lá aportam de vez em quando. Isso tem algumas vantagens, claro. Sem habitantes com eletrônicos, carros, trens e bondes, a superfície da lua sofre pouquíssima turbulência. Suas pedras têm bilhões de anos, sendo que as mais jovens têm a idade das pedras mais velhas na terra. Portanto, quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? A terra ou sua constante seguidora?

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A lua também tem um sério problema com a água, embora exista: moléculas de água foram encontradas na Cratera Clavius, mas com baixíssima concentração – o equivalente a uma garrafinha de água mineral por um milhão de metros cúbicos de solo. Aqui a gente nem precisava de tanto aguaceiro: os oceanos ocupam áreas preciosas que poderiam ser melhor utilizadas para a agricultura ou condomínios de luxo. Ou um Super shopping abrangendo vários países. Já imaginou uma super estrada dando a volta ao mundo em 180 dias? Sem oceanos não teríamos poluição nos mares. Só não abrimos mão das praias, e os peixes poderiam ser criados em aquários.

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As famosas crateras lunares não estão lá para efeito decorativo: foram formadas por colisões de meteoritos. Embora esses invasores também nos ataquem, a atmosfera da terra com vulcões, tormentas e furacões, nos protege dos impactos desses invejosos. Como a lua não tem atmosfera e atividades geológicas, as crateras formadas há bilhões de anos ainda estão lá, visíveis a olho nu. E sem crateras, francamente, as fotos tiradas da lua não teriam graça.

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Caprichosa, a lua tem suas fases, implica até com as marés. Tem lua azul, tem super lua, tem a lua branca que ao amor sempre dá abrigo. Tem um romance proibido entre a lua e o sol, esse que ronda os céus durante o dia. Ela só brilha à noite, mas apaixonada se esconde durante o dia para ver seu amado. Diz a lenda que no final dos tempos, quando tudo voltar a ser uma grande massa uniforme e palpitante, eles ficarão finalmente juntos. Mas ‘para-sempre’ não existe no calendário lunar, e tudo começará a se expandir outra vez. O universo que nos rodeia é uma grande incógnita.

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