Eu sou uma Longa História: passei seis meses montando e estruturando as rádios de Rui Baromeu
EU SOU UMA LONGA HISTÓRIA – 50 ANOS DE RÁDIO (REEDIÇÃO)
CAPÍTULO XVI
A DEMORADA FASE DE SÃO MATEUS
Mais uma vez fiquei uns tempos descansando. Um dia recebo uma ligação de Flávia Mignoni, dizendo que Rui Baromeu queria se encontrar comigo, assunto: rádio. Na realidade, havia solicitado a ela. Fui ao seu encontro em um hotel de Camburí. Ele estava prefeito da cidade de São Mateus.
Rui Baromeu tinha duas estações de rádio, abrindo uma terceira além do canal de televisão. Mas o que estava em pauta na conversa, era a filiação da Jovem Pan AM e FM naquela cidade. Como já tinha passado por uma situação semelhante na Gazeta, fui para lá estruturar a instalação da FM Jovem Pan na emissora que hoje é a Musical e a JP AM na São Mateus AM (hoje FM por causa da migração).
Passei seis meses montando as rádios, estruturando programação e treinando equipe, além de supervisionar montagem de estúdios. No final deu tudo certo e voltei para Vitória. Antes disso, o registro: em São Mateus, encontrei uma das melhores equipes de rádio que conheci até hoje, gente capaz, gente boa, humilde mas de enorme eficiência e conhecedora do ofício. Sempre elogiei esse pessoal.
Sobre essa fase, quase não tinha contato com o senhor Rui Baromeu, pois além de prefeito, se candidatava a deputado estadual, ou seja, estava sempre em correria. Mesmo assim, inauguramos as emissoras. Como o contrato era de montar as rádios, voltei para Vitória sem perspectiva de novo trabalho.
Mas em São Mateus foi um período muito feliz no profissionalismo e gostei também da cidade, apesar do bairrismo de um cachoeirense.
Fase TV Assembleia
Pode se falar o que quiser de José Carlos Gratz, mas se a Ales tem uma estação de TV, deve-se a ele. Foi na sua presidência que a TV Assembleia foi inaugurada. Lembro que ele queria inaugurar a televisão juntamente com o prédio da Avenida Américo Buaiz. Chamou Giovani Rodigheri para planejá-la e montá-la.
Geovani a montou a toque de caixa e chamou alguns profissionais, como camaramens da Gazeta, repórteres já experientes. Eu fiquei nas apresentações e entrevistas. Foi um período curto, porém enriquecedor. Lembro que fiz entrevistas com Sueli Vidigal, Gilsinho Lopes, José Tasso Andrade, Hércules Silveira, extraindo de cada um deles o máximo de personagem político, mas também de pessoas comuns no dia a dia.
Posteriormente, juntamente com João Martins, fizemos um documentário, um trabalho de pesquisa e história, que ficou marcado nos anais daquela Assembleia. Espero que todos os programas tenham sido devidamente arquivados, pois são histórias importantes do Espírito Santo.
TV – Programa Italiano (solo)
Mais ou menos nesse período, surgiu a oportunidade de fazer um programa italiano na TV. A TV era a GTV da Gazeta que, na época, terceirizava horários.
Eu e Giovane Castagna, professor italiano, resolvemos terceirizar 60 minutos uma vez por semana e fizemos um programa por um bom tempo. O nome do programa era L’Italia Vive. Tinha notícias, clipes musicais, aula com Castagna, além de entrevistar descendentes de sucesso.
O programa tinha como produtora a InPacto de Ana Maria Nogueira. Eram muitos gastos e não conseguimos patrocínio suficiente a cobrir os custos. É sempre assim. Acabou com oito meses no ar. Valeu como experiência. A ideia era boa.
Fase Rádio Vitória – o retorno!
Quem entrou em contato dessa vez foi Fernando Machado, da TV Vitória. Eles tinham arrendado a rádio Vitória AM para a igreja evangélica. E com essa igreja, passou alguns anos.
Quando uma emissora de rádio é arrendada, pelo tempo que for, fica difícil colocar uma programação comercial nova quando ela é retomada pelo dono. Assim estava sendo com a Rádio Vitória.
Fui convidado pelo Fernando e pelo Mequinho a “endireitar” a Rádio AM, colocando-a competitiva novamente. Sei que isso leva tempo, eles nunca sabem disso. Mas topei, pois nada é mistério no rádio para mim. De quebra, tive uma reunião séria com Marcus Buaiz, que ainda estava em Vitória.
Fui trabalhar no Moinho, no Centro da cidade. Para variar, estavam adquirindo alguns equipamentos erradamente. Tive de intervir. O bom dos Buaiz é que eles são bem profissionais, respeitam e dão valor a quem também o é.
A Rádio Vitória continuava no ar somente com música, sem programação, sem locução. As músicas rodavam em um aparelho que encheu meus olhos, o “instant replay”, especializado em vinhetas e aberturas, mas que tem a capacidade de sustentar uma programação por dias. Não conhecia, não tinha conhecimento.
Consegui montar uma equipe modesta. Composta de Luís Cláudio Silva, Giovani Cesar, Lilian Jane, Toninho Portes, Wendell Fialho. Passado o período de contrato (seis meses), tive que sair. Deixei tudo em ordem, como combinado em contrato. Depois não sei o que aconteceu com esta programação. Hoje ela retransmite a Jovem Pan AM.
PARABÓLICAS
Muito sumido das rodas o amigão Luís Cláudio Casado. Fazia um excelente programa semanal na Universitária FM.
Um beijo e um abraço em Fernandinha Queiroz, a melhor apresentadora entrevistadora de programa da Grande Vitória.
Carlinhos Fofoca continua firme e forte nos seus propósitos de jornalismo, tanto escrito como em áudio e vídeo.
Quem parece que sossegou o facho foi o amigão Claudio DJ. Isso após uma passagem profissional por São Paulo
ACESSE YOUTUBE/JRMIGNONE1 (CLIPES E VERSÕES)
Have I Told You lately? – Rod Stewart – jrmignone/YouTube
MENSAGEM FINAL
“Um homem lutará mais arduamente pelos seus interesses que pelos seus direitos”. Napoleão Bonaparte