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PIB do Estado cresce 2,5% no trimestre, puxado pelo setor de serviços

Pablo Lira, do Instituto Jones, destaca importância do resultado para a geração de emprego e renda

Mais uma vez, o setor de serviços, com expansão de +8,9%, e o comércio varejista, marcando +9,7%, puxaram o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo no segundo trimestre de 2023, acumulando alta de +2,5% no ano, quando comparado ao primeiro semestre de 2022. Os dados foram divulgados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), nesta terça-feira (5).

A atividade econômica estadual cresceu em todas as bases temporais avaliadas, de acordo com o levantamento, e na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a alta foi de +2,4%. Já no acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento chegou a +0,9%. Em valores correntes, o PIB capixaba chegou a R$ 50,3 bilhões no segundo trimestre de 2023, acumulando R$ 184,7 bilhões no nos últimos quatro trimestres.

“O resultado é fruto do desempenho positivo de setores como serviços e comércio varejista. Vale destacar ainda o crescimento da indústria, que, mesmo com as adversidades enfrentadas nos últimos anos, acumula expansão de +0,5% em 2023. Temos um ambiente favorável, com geração de empregos e a expectativa de fortes investimentos públicos e privados, para que o Estado continue apresentando crescimento nos próximos trimestres”, destacou o diretor-presidente do ISN, Pablo Lira.

Os dados apresentados pelo Instituto Jones apontam que a variação positiva, no acumulado do ano, além da influência dos setores de serviços e comércio varejista, contaram com o desempenho do setor da indústria geral, embora em menor percentual, com expansão de +0,5%,

A expansão do setor de serviços foi puxada pelos aumentos de +12,6% em serviços profissionais, administrativos e complementares, e +10,5% em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. Já no comércio varejista ampliado, a alta foi influenciada pelos crescimentos de +21,8% em veículos, motocicletas, partes e peças, e +2,7% no varejo restrito. Neste último, houve alta em sete dos oito segmentos pesquisados.

Em relação à produção industrial, o resultado foi determinado pela expansão de +6,9% da indústria extrativa e suavizado pela retração de -9,7% da indústria de transformação.

“É importante destacar que é a segunda performance consecutiva positiva da indústria extrativa. Após vários trimestres em queda, o setor apresentou crescimento de +6,9% no acumulado do ano. Na comparação interanual, os resultados foram influenciados diretamente pelo aumento de +13,3% na produção de pelotas de minério de ferro, aumento de +23,5% na produção de petróleo e +6,2% no gás natural”, disse o diretor de Integração do Instituto, Antonio Ricardo da Rocha.

Em relação à agricultura, os resultados esperados para as principais culturas mostram que há expectativa de aumento na produção em cinco e queda em outras cinco: café Conilon (-14,7%), café Arábica (-22,2%), pimenta-do-reino (+1,7%), banana (+3,2%), mamão (-18,1%), tomate (-2,0%), cana-de-açúcar (-0,5%), cacau (+15,8%), coco (+9,3%) e mandioca (+0,9%).

Desde 2009, o IJSN passou a realizar o cálculo do Indicador de PIB Trimestral. Esse indicador reflete a situação econômica no curto prazo, antecedendo o cálculo do PIB anual, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além do Espírito Santo, apenas outros cinco estados adotam essa metodologia: Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e São Paulo.

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