Acampamento é formado por 200 famílias, que ocuparam, em abril, área explorada pela Suzano
O evento terá início às 9h, e deverá contar com a presença de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além de parlamentares estaduais e locais e lideranças comunitárias.
O acampamento Padre Gabriel é formado por 200 famílias que ocuparam em abril, por dez dias, áreas de monocultivo de eucalipto explorada pela Suzano (ex-Fibria e ex-Aracruz Celulose). As terras ficam a cerca de 2 quilômetros do local do Assentamento Nova Esperança.
De acordo com Rodrigo Gonçalves, dirigente estadual do MST, o ato tem como objetivo relembrar a trajetória de luta na região e comemorar o retorno das políticas públicas para reforma agrária a nível federal. Isso inclui a retomada do MDA e do orçamento do Incra, bem como o cadastramento das famílias acampadas e políticas para o desenvolvimento do campo.
“Esse é um acampamento que luta contra a grilagem de terra das papeleiras. O ato político será em defesa da terra, da vida, da importância da reforma agrária para a produção de alimentos”, destaca .
As 200 famílias se deslocaram para o Acampamento Padre Gabriel após uma liminar de reintegração de posse concedida pela Justiça Estadual à Suzano. Durante uma reunião com o MST naquela ocasião, os governos estadual e federal se comprometeram a assentar tanto as famílias da ocupação quanto as demais acampadas na região norte do Espírito Santo. Entretanto, o processo de assentamento ainda segue em processo de negociação. Atualmente, 1 mil famílias vivem em dez acampamentos da região norte do Estado.