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Delegados de polícia se mobilizam para garantir reestruturação da carreira

Ana Cecília Mangaravite, do Sindepes, aponta que evasão da carreira gira em torno de 50%

“Passados nove meses do início do mandato, ainda permanecemos nas piores posições”, afirma a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Espírito Santo (Sindepes), Ana Cecília Mangaravite, ao cobrar do governo a adoção de medidas para atender aos pleitos da categoria relacionados à reestruturação da carreira e da tabela de subsídios. Para debater questão, o sindicato promove, nesta sexta-feira (6), às 10h30, reunião na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Barro Vermelho, em Vitória. 

“Ainda em outubro de 2022, estivemos pessoalmente com o governador Renato Casagrande [PSB] para tratar do assunto referente à valorização do cargo de delegado de Polícia no contexto local, tendo recebido dele o compromisso com a sinalização positiva de tratar da questão ainda no primeiro semestre de 2023”, comenta Ana Cecília.

“Permanecemos entre os cinco piores do país. A posição varia conforme os outros estados pratiquem os reajustes, mas certo é que permanecemos na lanterna”, reitera, revelando que, segundo dados obtidos do último concurso realizado para o cargo, em 2014, a evasão da carreira já beira os 50%.

Ela explica que a demanda referente à reestruturação da carreira foi apresentada desde o mês de junho. “Estamos aguardando uma devolutiva oficial a respeito do pleito apresentado, o qual consiste na reestruturação baseada em premissas já previstas na legislação estadual e que são aplicadas a outras carreiras”, informa.

“Por muito tempo, houve uma promessa de solucionar o problema pelo menos na mediana nacional. Isso nunca aconteceu”, afirma a delegada. Posteriormente, no final do ano passado, o compromisso era de avançar ainda mais para remunerar o cargo de forma compatível com o Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

“Por isso não houve pleito específico de percentual. Houve demanda pedindo a reestruturação da carreira como um todo, porque há mais de um problema a ser solucionado”, explica, e lembra que a lei que reestruturou a carreira é de 2007 e de lá para cá alguns pontos precisam ser aprimorados.

Para Ana Cecília, são questões técnicas, já de conhecimento das secretarias e, uma vez superadas, vão corrigir distorções que criam entraves para a permanência de muitos profissionais no cargo. “Temos um grande índice de evasão da carreira por conta de problemas relacionados ao salário inicial do cargo – em torno de R$ 14 mil -, que destoa da realidade praticada no resto do país, em média de R$ 19 mil, razão pela qual hoje nossa carreira se encontra envelhecida”.

Na convocação, a entidade destaca que “a despeito de todos os esforços empreendidos pelas entidades de classe, as tratativas relacionadas ao pleito de reestruturação da tabela de subsídios da carreira de Delegados de Polícia Civil seguem estagnadas sem devolutiva oficial por parte das Secretarias envolvidas no processo – de Governo e de Gestão e Recursos Humanos -, responsáveis pela apresentação e viabilização dos estudos necessários à concretização do pleito”.

A delegada aponta que “existem distorções também no que diz respeito à distribuição dos níveis promocionais, causando um prejuízo em relação ao que já é estabelecido para outras carreiras da mesma instituição”.

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