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Trabalhadores do Himaba afirmam que não receberam o piso da Enfermagem

Relatos apontam que não há previsão de pagamento e quem tem duplo vínculo receberá somente um piso

Enfermeiros, técnicos e auxiliares denunciam que o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernadino Alves (Himaba), em Vila Velha, ainda não pagou o piso da categoria. Os trabalhadores afirmam que, ao questionarem a gestão do hospital, administrado pelo Instituto Acqua, receberam como resposta que o acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) foi assinado em 27 de setembro, mas o repasse federal ainda não foi encaminhado para o Himaba, portanto, não há previsão de pagamento.

Os trabalhadores, que preferem não se identificar por medo de represálias, relatam que a explicação para o atraso na assinatura do acordo foi o fato de que o Governo Federal fez os trâmites primeiro com as prefeituras, depois com os hospitais filantrópicos e, por fim, com as Organizações Sociais (OS), que é o caso do instituto que administra o Himaba. O valor a ser recebido de repasse, conforme foi informado aos trabalhadores, será de R$ 120 mil. Diante disso, o Himaba informou aos funcionários ser insuficiente para pagar a todos, já que são mais de 600 profissionais.

A Enfermagem relata que, de acordo com o hospital, quem tem dois vínculos empregatícios vai receber o piso somente em um. A OS alega que quando a empresa cadastra o trabalhador no e-social, a informação é enviada para o Governo Federal, que repassa o recurso somente para um único vínculo. O mesmo vale para o retroativo a maio, junho, julho e agosto, que, segundo os trabalhadores, ninguém recebeu ainda.
Os funcionários do Himaba se queixam, também, que, de acordo com o hospital, o que será considerado como piso será a soma do valor bruto de todos proventos, como salário, insalubridade e adicional noturno. Se atingir o piso previsto na Lei Federal 14.434/2022, o trabalhador não receberá mais nada. Os valores previstos na lei são de R$ 4,7 mil para enfermeiros, R$ 3,3 mil para técnicos de enfermagem e R$ 2,3 mil para auxiliares.
Os trabalhadores também voltaram a denunciar situações de assédio moral no Himaba. “Não podemos falar sobre o assunto dentro do hospital. Quem procura o RH [Recursos Humanos] para questionar é demitido”, afirma um dos trabalhadores. Os funcionários alertam, ainda, que após as demissões, o quadro de funcionários não vem sendo reposto, por isso, há sobrecarga de trabalho e adoecimento da equipe.

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