Forças de segurança voltam ao campo de combate com o Governo Casagrande por reajuste salarial
As insatisfações dos servidores das forças de segurança contra a proposta de reajuste anunciada pelo Governo Casagrande, que já circulam na área e nos corredores políticos há dias, terão um palco oficial na próxima terça-feira (17), pós feriadão. Eles se reunirão na Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, às 10h, como informado pelo deputado Danilo Bahiense (PL), presidente do colegiado. A convocação do debate, que tem como pauta o reajuste, ocorre no embalo de uma reunião realizada entre o secretário de Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon, com representantes de associações e sindicatos das diferentes categorias das polícias Militar e Civil. O governo anunciou reajuste anual de 4%, somando 16% até 2026, quando se encerra a atual gestão – mais o destinado a todos os servidores do Estado (este ano foi 5%). Ninguém concordou, apontando o dobro como demanda. O cenário remete a um passado recente, quando essa corda ficou tensionada por tempo prolongado com os mesmos atores, unidos na Frente Unificada de Valorização Salarial. Diante da nova reclamação, o governo já cravou que não tem mais gordura para negociar. O impasse, como se vê, já está novamente instalado. Resta saber o alcance da reação e os possíveis acirramentos. Logo, logo, o teste!
Beco sem saída
Bahiense diz que a reunião é uma demanda das categorias e espera que “todos possam dialogar”. O deputado falou em histórico de salários baixos e déficit de pessoal. A questão é: o governo já sentenciou que não irá aumentar o índice e as entidades que não querem a proposta. Quer dizer…
Ampliação
O reajuste, tudo indica, deverá nortear a maioria do debate, mas outras pautas são anunciadas: regulamentação das Polícias Penal e Científica, pedido de incorporação da escala especial nos salários e superlotação prisional. Assuntos que também registram sucessivos capítulos com o governo do Estado.
Enquanto isso…
…os agentes de suporte educacional (ASE) e os auxiliares de secretaria escolar se mobilizam para inclusão no reajuste de 4% anunciado para o magistério do Estado, retroativo a janeiro. Foram ignorados no projeto enviado pelo governo. O desfecho do problema também ficou para a semana que vem. Neste caso a expectativa é atender ao pleito, o que seria de fato o justo.
Direções
Com a autorização legal e oficial para o deputado estadual Fabrício Gandini sair do Cidadania, o mercado aguarda as cenas dos próximos capítulos. Leia-se a filiação dele ao PSD e movimentações mais efetivas em direção à Prefeitura de Vitória. Gandini ficou um bom tempo “submerso” e tem voltado aos poucos, porém, ainda mais discreto no jogo, que pega fogo.
Direções II
O deputado formou um grupo recentemente com os colegas de plenário Tyago Hoffmann (PSB) e Mazinho (PSDB) e o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Acontece que, em seguida, o mesmo Luiz Paulo se reuniu com o ex-prefeito Luciano Rezende (Cidadania) e os dois anunciaram convergências para 2024…
Direções III
…Luciano, não é novidade, foi o padrinho político de Gandini e o lançou candidato à sucessão em 2020, mas eles estão agora afastados. Como finalizará esse enredo? É a pergunta da vez!
Tudo igual
A mesma liberação de Gandini foi para Pablo Muribeca, para deixar o Patriota. Mas o deputado da Serra, ao contrário de Gandini, já estava há tempos vestido com a camisa do Republicanos, seu próximo partido, e com movimentos muito claros e ofensivos para a candidatura de prefeito, como oposição ferrenha a Sergio Vidigal (PDT).
Retrocesso
A absurda aprovação do projeto que tenta proibir o casamento homoafetivo no Brasil já contou com um “sim” da bancada capixaba: o deputado federal Messias Donato (Republicanos), que faz parte da comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. O placar no colegiado fechou em 12 x 5, mas ainda há um longo trâmite na Câmara e no Senado.
Retrocesso II
A autoria da proposta, como já citado aqui em Século Diário, é do deputado estadual Capitão Assumção (PL), quando assumiu uma cadeira na Câmara, lá em 2009. A iniciativa foi ressuscitada pelos conservadores e bolsonaristas e, para além de todos os retrocessos, vai contra decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A derrubada o quanto antes é o mínimo que se espera!
Nas redes
“Está circulando aqui na Câmara de Vitória um projeto de lei (PL) absurdo, uma espécie de ‘higienização social’. Estamos preparando um PL que garanta uma política de dignidade para as pessoas em situação de rua. Meu mandato está trabalhando junto a movimentos que atuam nessa área”. André Moreira, vereador pelo Psol.
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