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Corpos invisibilizados: APP amplia público-alvo e inicia testes em São Pedro

Episódio de estreia do podcast Aplicativo Fordan entrevista coordenadora-geral do programa, Rosely Pires

Século Diário estreia neste sábado (21) uma série de podcasts sobre o App Fordan, um projeto desenvolvido pelo programa de extensão e pesquisa Fordan: cultura no enfrentamento às violências, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), que desenvolve um aplicativo para denúncia da violência contra a mulher.

Nesta primeira entrevista, a coordenadora-geral do Fordan, professora da Ufes Rosely Pires, doutora em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), conta quais passos o projeto tem dado desde o seu lançamento, realizado em parceria com o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e o Ministério da Igualdade Racial (MIR), no Teatro da Ufes no último dia 22 de setembro, quando foi estabelecido um pacto pela proteção da mulher vítima de violência no Espírito Santo, com a presença de dezenas de organizações públicas e da sociedade civil, de âmbito estadual e nacional.

Inicialmente voltado às mulheres negras e periféricas, que corresponderam a cerca de 85% dos feminicídios registrados no Espírito Santo em 2021, o projeto ampliou seu público-alvo, incluindo outros corpos invisibilizados – mulheres quilombolas, indígenas, com deficiência, lésbicas, bissexuais e trans – e iniciou os testes na região de São Pedro, em Vitória, onde o Fordan possui uma sede social e um histórico de 18 anos de trabalhos com a comunidade. Ampliou, mantendo, no entanto, a característica de um aplicativo tecnologicamente leve, e que tem o geoprocessamento e a segurança dos dados das mulheres como aspectos fundamentais.

A entrevista foi gravada no final daquele mês e aborda também o contexto que motivou o Fordan a submeter o projeto do App para a Fapes e de que forma ele foi se adaptando às transformações do cenário nacional, como a atualização da Lei Maria da Penha em abril deste ano, com a publicação da Lei nº 14.250/2023 pelo presidente Lula (PT), e como a equipe tem refletido sobre situações preocupantes em âmbito estadual, como o teleflagrante adotado no lugar de delegacias físicas de regiões vulneráveis como São Pedro.

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