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Dois prefeitos

Felipe Rigoni e Denninho Silva: como o União Brasil conciliará palanques divergentes na Capital?

Ales

Em declarações públicas e encontros presenciais, o presidente do União Brasil, Felipe Rigoni, atual secretário de Estado de Meio Ambiente, e o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) não escondem de ninguém a relação de proximidade e apoio mútuo. Como citei aqui na coluna passada, sobre a entrevista concedida pelo tucano ao programa Política ES, da TV Século, tem troca de afagos e exaltações a todo tempo, sinalizadas no campo de projetos e da política. À medida que as conversas de 2024 avançam na Capital, o cenário chama cada vez mais atenção. Luiz Paulo se movimenta para consolidar um palanque e tentar o retorno à prefeitura. Já o presidente do diretório municipal, deputado estadual Denninho Silva, é um dos principais aliados do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). A considerar a situação atual do União, que passa por briga interna levada à Justiça, o comando nas mãos de Rigoni coloca o partido em palanque oposto ao atual prefeito, com prioridade para Luiz Paulo. Por outro lado, é certo que não há a menor chance de Denninho não desfilar e pedir votos para Pazolini. Então, a pergunta que não quer calar: como a legenda vai conciliar dois palanques divergentes na Capital?

Juntos e misturados
Na entrevista à TV Século, Luiz Paulo voltou a apontar “muita admiração por Felipe Rigoni” e colocou o União como um dos partidos que conversa para erguer seu palanque. Recentemente, os dois também registraram encontro nas redes sociais, focado em Vitória.

Juntos e misturados II
O ex-prefeito, vale lembrar, foi coordenador do plano de gestão da pré-candidatura de Rigoni ao governo, que naufragou. Sem opção, ele teve que tentar a reeleição na Câmara dos Deputados, mas também não obteve êxito, recebendo abrigo na gestão estadual, onde o tucano também está, no cargo de subsecretário de Integração e Desenvolvimento Regional.

Outro lado?
A briga no União foi iniciada por Amarildo Lovato, ex-presidente do PSL, que atua no campo da direita no Estado, mas também tem cargo comissionado no Governo Casagrande. Ele questiona a legalidade da convenção estadual. Já foram várias decisões, a última, favorável a Rigoni. Com uma nova eleição partidária e novo comando, a bola ficaria com Pazolini? Até a formalização das chapas e composições, veremos!

Outro lado II?
Amarildo era presidente do PSL, que abrigava os bolsonaristas. A legenda se fundiu com o DEM, criando o União Brasil. Felipe Rigoni assumiu a presidência, na época – início de 2022 -, em decisão imposta pela Nacional, que gerou debandada de lideranças, incluindo o clã Ferraço.

Pé na porta
Denninho entrou para o União em 2022, após deixar o Cidadania, e assumiu o diretório de Vitória em abril deste ano. Na época, se empolgou e anunciou interesse em convidar Pazolini, àquela altura estremecido no Republicanos, para se filiar. Rigoni entrou no circuito e fechou a porta, declarando até possibilidade de ser candidato, movimento, porém, ainda não visto.

Futuro?
Nos últimos dias, o tio e padrinho político de Denninho, Euclério Sampaio, prefeito de Cariacica, deixou o União para se filiar ao MDB. Sinais de mudanças futuras também para o deputado? Por ora, ele precisa de liberação da Justiça Eleitoral.

Cada um na sua
No caso de Denninho, como se sabe, ele veste a camisa tanto de Pazolini quanto do governador Renato Casagrande. Mas, na eleição municipal, será cada um na sua!

Quebrou as pernas
A propósito, o partido conduzido por Rigoni, que já não tem espaços no Estado, perdeu seu carro-chefe, justamente o palanque à reeleição de Euclério! A situação para 2024, no geral, ainda não se desenha favorável!

Nas redes
“Ótimo diálogo com o nosso prefeitão de Vitória, Lorenzo Pazolini, e o presidente do PSD-ES, Renzo Vasconcelos. Seguimos firmes, trabalhando e construindo bons projetos para nossa Capital”. Denninho, deputado estadual pelo União Brasil.

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https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/fora-de-alcance

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