Gerador de riquezas, autonomia e independência
É de fundamental importância avançar na elaboração de uma perspectiva que responda aos problemas gerados pela intervenção desastrosa na economia pelos conservadores de extrema direita, que desestruturaram o sistema de proteção social e as garantias de direitos trabalhistas, tendo como consequência o aprofundamento do abismo social que sempre existiu em nossa sociedade. Desmontaram o sistema de fiscalização e regulamentação do mercado de trabalho no Brasil, retornando às épocas da escravidão e do coronelismo.
Precisamos avançar no enfrentamento para a eliminação das desigualdades históricas que permeiam as instituições que formam o mundo do trabalho. Isso se faz prioridade para a construção de uma sociedade justa, igualitária, sem preconceitos e discriminações de qualquer natureza.
O mundo do trabalho continua central para a produção de riqueza e distribuição de renda, porém, precisa acompanhar o desenvolvimento tecnológico, que tem reconfigurado as relações entre o capital e o trabalho e os empregadores e o povo trabalhador.
Dizem que já estamos na quarta revolução tecnológica, passamos do artesanal para a uberização da economia, o que tem aumentado de forma exponencial tanto a concentração de riqueza por parte dos exploradores, quanto a exploração da força de trabalho sobre o nosso povo trabalhador, com a intensificação e a precarização do trabalho, a superexploração digital, muitas vezes em contratos sem garantia de direitos e com trabalhos desumanos.
Para a classe trabalhadora e seu movimento sindical, que representa os interesses e necessidades de quem vive do trabalho, é necessário construir formas de participação de trabalhadores, estado e empregadores. Visando, assim, criar um projeto de desenvolvimento nacional com intermediação e qualificação capazes de construir as condições necessárias de direcionar tanto os recursos públicos quanto os privados para a geração de empregos de qualidade em condições dignas e salários justos, trabalho e renda descente para todos, como objetivo de reduzirmos a pobreza, a desigualdade. Justiça social se faz combatendo o desemprego e a precarização do trabalho.
Para a classe trabalhadora, é necessário revogar a reforma Trabalhista de 2017, porém, avançar nas correções de práticas nas relações de trabalho, para que tenhamos justiça nas relações entre quem vive do trabalho e seus empregadores, dando curso ao processo de construção de justas relações sociais que sejam abrangentes para todos, trabalhadores e trabalhadoras, independente do tipo de vínculo trabalhista.
O objetivo da classe trabalhadora e suas instituições representativas é acabar com as desigualdades históricas que caracterizam o nosso mundo do trabalho e avançarmos na longa e difícil caminhada da construção de um mundo melhor para todos, que sabemos, só será construído com a nossa participação, pelas nossas mãos. Os interesses de quem vive do trabalho só é defendido por quem vive do trabalho. “Só precisamos uns dos outros”.