Sindsaúde realiza assembleia no Himaba para discutir piso da Enfermagem

Categoria reage à afirmação de que trabalhadores com mais de um vínculo não vão receber o novo piso

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Espírito Santo (Sindsaúde/ES) realizará, nos dias 7 e 8 de novembro, assembleia com os trabalhadores da Enfermagem do Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernadino Alves (Himaba), em Vila Velha. A expectativa é repassar a resposta a ser dada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e o Instituto Acqua, que administra o equipamento. Ambos se comprometeram a se posicionar sobre o pleito dos trabalhadores de que toda a categoria receba o novo piso.

A sinalização por parte da Acqua e da Sesa foi registrada em reunião realizada no último dia 27, com o diretor-geral do Instituto Acqua, Claudio Amorim; e o subsecretário de Estado de Contratualização em Saúde, Alexandre Aquino. O Himaba tem informado que os profissionais com mais de um vínculo não terão o direito garantido. “Nossa compreensão é de que quem trabalhou deve receber”, contesta a secretária da Mulher, Gênero, Raça e Diversidade do Sindsaúde, Élbia Miguel.

Apesar do compromisso, a Sesa e a Acqua não definiram uma data para responder à demanda. De acordo com Elbia, caso a categoria não obtenha esse retorno até a realização da assembleia, o espaço de debate será para deliberar se os trabalhadores esperarão um pouco mais ou se optarão por traçar estratégias de mobilização, não estando descartadas paralisações.

Em 24 de outubro, técnicos e auxiliares de Enfermagem do Himaba fizeram uma manifestação em defesa do piso. Um dia depois, nove trabalhadores foram demitidos. Para garantir a permanência deles em seus postos de trabalho, o Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Espírito Santo (Sitaen) deu início a uma ação de reintegração. Uma assembleia chegou a ser marcada para 26 de outubro, mas não foi realizada por falta de quórum, pois os trabalhadores ficaram com medo de participar e sofrer represálias.

Os trabalhadores também denunciaram ao Ministério Público do Trabalho (MPT) a demissão em massa, sobrecarga de trabalho, falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e perseguição, além de pedir a participação do Ministério Público em uma ação que pede o pagamento do 16º plantão em hora extra ou folga.