Anúncio foi feito por Anderson Goggi e Juliana Roshner. Comunidade queria o parcial também no vespertino
Em um vídeo que circula nas redes sociais, o vereador Anderson Goggi (PP) e a secretária de Educação de Vitória, Juliana Roshner, anunciaram que os estudantes do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Jacy Alves Fraga, em Tabuazeiro, terão a opção de se matricular no modelo parcial, em horário matutino. A iniciativa, embora não atenda plenamente o pleito da comunidade, é considerada uma conquista, já que a gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) estava decidida a deixar como opção somente o integral.
Conforme anunciado no vídeo, tanto o integral quanto o parcial funcionarão no novo prédio construído para abrigar a unidade de ensino. Será adotada uma transição, ou seja, novos alunos não poderão se matricular no parcial, somente os que já estudam no CMEI. Assim, com o passar do tempo, as turmas irão diminuindo, restando somente a opção pelo período integral, conforme explica José Carlos Durans, pai de aluno e uma das lideranças que mobilizaram a comunidade pela manutenção do parcial.
Ele destaca que a reivindicação era de que houvesse a opção pelo parcial também no vespertino e que não precisasse passar por uma transição, mantendo permanente os dois modelos. A explicação dada para a comunidade sobre o porquê de não haver turma parcial à tarde foi de que as aulas do integral terminam às 16h, portanto, a escola fechará nesse horário. Ainda assim, ele classifica o anúncio feito pela secretária de Educação e pelo vereador como uma “vitória importante”.
A consulta pública foi resultado do anúncio feito pela gestão de Lorenzo Pazolini, sem diálogo, de que a unidade de ensino passaria a ser de tempo integral a partir de 2024. A jornada ampliada vai de 7h às 17h, mas sem a obrigatoriedade dos alunos permanecerem todo o período na escola.
A comunidade escolar questionou o fato de a decisão de transformar o CMEI em unidade de ensino de tempo integral ter sido tomada sem que fosse procurada para dialogar sobre o tema e apontou uma série de problemas que impossibilitam a mudança, como precariedade na infraestrutura; horário de término das aulas, que seria às 16h, quando os responsáveis pelas crianças estão no trabalho; a redução do número de vagas em cerca de 50%; e a extinção de turmas para estudantes de seis meses a um ano. Outro argumento foi a violência, já que os responsáveis teriam que matricular os estudantes em CMEIs de bairros vizinhos, como Santo Antônio e Morro do Quadro, o que, aponta a comunidade, é temeroso;