Ana Cecília Mangaravite aponta que recuo estaria ligado à repercussão negativa na área de segurança pública
Para debater o “erro” do Governo do Estado comunicado à categoria no início deste mês, os delegados de Polícia Civil vão se reunir em assembleia geral extraordinária na próxima segunda-feira (13), às 13h30, no Sindicato dos Delegados de Polícia do Espírito Santo (Sindepes), para decidir as medidas que serão adotadas visando garantir a reestruturação cancelada por determinação do governador Renato Casagrande (PSB).
A informação foi passada aos representantes do Sindepes e da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol-ES), respectivamente Ana Cecília Mangaravite e Bruno Zanotti Taufner, pelo secretário de Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon Dias, durante reunião realizada no último dia 1º.
O posicionamento do governador, apontado como “surpreendente”, foi adotado, segundo os dirigentes sindicais, porque “o ajuste dos níveis de classe da carreira de delegado de polícia teria se tornado inviável diante da repercussão no ambiente da segurança pública”.
Os delegados creditam a “fontes externas” ao destacar “forte e inesperada reação da PMES [Polícia Militar do Espírito Santo], maximizando o custo político da concessão, apesar da irrisória repercussão financeira e de ser um pleito totalmente específico da carreira de delegado de Polícia, baseado nos mesmos parâmetros já aplicados a todas as carreiras da Polícia Civil (…)”.
Durante a reunião com o secretário, que “durou cerca de uma hora”, os delegados lembraram “os compromissos de campanha e a palavra dada pelo próprio governador do Estado em reunião com mais de 100 delegados de Polícia, em 18 de outubro de 2022”. Eles alertaram ao governo sobre a “repercussão incontrolável e extremamente negativa que tal recuo causaria na carreira e na segurança pública”.
Nessa reunião, trataram pessoalmente com o governador a valorização do cargo de delegado de Polícia no contexto local, tendo recebido dele o compromisso com a sinalização positiva de tratar da questão ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo Ana Cecília, a demanda consiste na reestruturação baseada em premissas já previstas na legislação estadual e que são aplicadas a outras carreiras.