Léo de Castro e Marcos Guerra e os empresários Paulo Baraona e Tales Pena buscam apoio dos sindicatos para eleição em 2024
Marcos Guerra e Leonardo de Castro, o Léo, são os dois ex-presidentes da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) que já se movimentam para as eleições da entidade, que serão realizadas em abril de 2024. As articulações incluem, também, os empresários Paulo Baraona e Tales Pena Machado, vice-presidentes da atual diretoria, presidida por Cristhine Samorini, a Cris, eleita em 2020 e que teve o mandato prorrogado até julho do próximo ano.
Presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado (Siges), Cris foi eleita com o apoio do então presidente, Léo de Castro, e do seu pai, o ex-presidente da entidade Sérgio Rogério de Castro, falecido em 31 de outubro deste ano, que exerceu forte influência no meio empresarial por conta de sua extensa folha de serviços prestados. Ela foi a primeira mulher a ocupar o cargo, derrotando o empresário do setor cafeeiro Egídio Malanquini, atualmente fora das articulações, de acordo com fontes do meio empresarial.
As mesmas fontes apontam a retração de influências da área política partidária no pleito, apesar das ligações de Marcos Guerra (Republicanos), que em 2004 e 2006 foi temporariamente senador da República, e tentou uma vaga na Assembleia em 2022. Já Léo de Castro, filiado ao PSDB, chegou a ser cogitado como candidato a senador ou a vice-governador no mesmo ano eleitoral.
Os quatros candidatos vêm atuando separadamente, mas com articulações que poderão resultar em dois grupos. De um lado Marcos Guerra, correndo isolado e, de outro, Léo de Castro, Paulo Baraona e Tales Pena Machado, de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado), do setor de mármore e granitos e um dos vice-presidentes da Findes. Eles buscam apoio dos sindicatos empresariais ligados à indústria e também da classe política.
Os três tendem a formar uma aliança, da qual sairá o candidato, com Léo de Castro na frente das movimentações, aponta o mercado. Pelo regulamento da Findes, o presidente eleito, no mês de abril, terá dez dias para apresentar os nomes da nova diretoria, a ser referendada em nova votação no dia 10 de maio.
Hoje em campos opostos, Léo de Castro e Marcos Guerra já estiveram juntos. Em 2017, Léo foi eleito por consenso dos 31 sindicatos habilitados a votar, com o apoio do então presidente Marcos Guerra, que, à época, declarou: “A candidatura do Leonardo é boa para a Findes, para a indústria e para o Espírito Santo. Vivemos um momento complicado para a economia atualmente, acredito que o diálogo e a união de propósitos em um mesmo projeto mostram que a Federação está acertando mais uma vez”.
Guerra vinha à frente de uma gestão bem avaliada no meio, com o maior plano de investimentos da história da entidade, novos centros integrados, obras de ampliação e modernização das unidades, e promoção de ações de incentivo ao associativismo e de interiorização do desenvolvimento econômico do Espírito Santo, fortalecendo a imagem institucional do Sistema Findes.
Léo de Castro destacou, em sua gestão, o diálogo com lideranças da indústria, dos demais setores produtivos e do poder público, com foco no empreendedorismo como ferramenta de desenvolvimento socioeconômico. Ele é diretor da indústria de plásticos Fibrasa, com sedes na Serra, Espírito Santo, e em Pernambuco, no Nordeste.
Já Paulo Baraona foca suas movimentação em ações como a “Agenda Propositiva para Melhoria do Ambiente de Negócios da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes)”, cuja mais recente apresentação ocorreu em Conceição da Barra, formando a Regional Nordeste, com os municípios de Jaguaré, Pedro Canário e São Mateus.
Atuante na indústria de construção civil, é destaque na área de obras públicas e ressalta a importância de parcerias entre o poder público e o privado para geração de emprego, renda e melhoria da qualidade de vida. “A Agenda possibilitará aos entes públicos e privados a atuarem de forma antecipada na melhoria do ambiente de negócios, contribuindo para ampliar a base industrial da região”, enfatizou.