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Arena incompleta

Em meio às intensas movimentações em Cachoeiro de Itapemirim, uma presença ainda tímida: Theodorico Ferraço

Leonardo Sá

Cachoeiro de Itapemirim, município do sul do Estado, entrou com tudo nas movimentações para as eleições de 2024 e já registra, com antecedência, incontáveis capítulos, cutucadas e até polêmicas. Em meio a esse cenário, uma figura tradicional e sempre atuante no mercado político local parece ainda assistir a tudo com uma certa distância: o ex-prefeito por quatro vezes e deputado estadual Theodorico Ferraço (PP). A considerar que uma eleição no município sem ele é inimaginável, as perguntas da vez são justamente essas: para onde vai Ferraço no pleito, de fato, e que horas arregaçará as mangas em prol do seu candidato? No tabuleiro atual, o campo que – digamos – sobra para o deputado é do vereador Juninho Côrrea, do PL, candidato mais do que declarado. Os dois, inclusive, se encontraram em outubro passado, nos poucos registros públicos de Ferraço nas articulações. O deputado, como se sabe, é oposição ao prefeito Victor Coelho (PSB), que apresentará um nome para sucessão, e rompeu com o ex-pupilo e apadrinhado político, Diego Libardi (Republicanos), outra peça do jogo. Nesse segundo bloco, estão também dois deputados estaduais, Allan Ferreira (Podemos) e Bruno Resende (União), que poderiam ser áreas de diálogo de Ferraço, mas a presença de Libardi o afasta. Na possibilidade, por ora não considerada, desse trio se dissolver, aí, sim, o quadro poderia se abrir para outras possibilidades. Na terceira frente, da esquerda, liderada pelo ex-prefeito Carlos Casteglione (PT), aí é que não dá liga, mesmo! No aguardo dos passos diretos e efetivos de Ferração!

Café com política
O encontro de Juninho com o ex-prefeito foi em Marataízes, onde ele mora, com participação também do pai do vereador – empresário Zezé da Cofril – e a ex-deputada federal Norma Ayub (PP), outro personagem atuante no sul do Estado e que, para o próximo ano, também ainda não faz movimentos diretos de candidatura.

Para lembrar…
…Norma disputou em 2020, em Marataízes, mas perdeu para Tininho Batista (PDT) e ficou atrás ainda de Toninho Bitencourt (Podemos). O resultado foi uma das derrotas do clã Ferraço, que não foi bem no último pleito no seu próprio reduto, sul do Estado. Veremos em 2024!

‘Juntos’
Há uma semana, o cabo eleitoral de Juninho, deputado Callegari (PL), também esteve na casa de Ferraço. Os discursos em vídeo foram predominantemente sobre obras, mas apontaram que “estão juntos em favor do ES”. No tabuleiro, as conversas passaram por Cachoeiro, Marataízes, Itapemirim e Vargem Alta. Alianças políticas em bloco?

Afago público
Outro do mesmo bloco que também esteve com Ferração recentemente, para agradecer emenda do mandato de Norma para Cachoeiro, foi Léo Camargo (PL). O vereador se movimenta junto com Juninho e mira na gestão de Victor Coelho, para desgastá-lo politicamente.

‘Pesquisa’
Juninho, aliás, inaugurou uma pesquisa por telefone no município, alegando meta de entender a “opinião sobre a cidade”. Ele teve que gravar um vídeo no Instagram para explicar que não é golpe e pedir que as pessoas respondam. Que perguntas são essas, hein?!

Plano A, plano B
Quem também está com ele, como citado aqui na coluna nessa segunda-feira (20), é a ex-vereadora Renata Fiório (PP), que disputou a prefeitura em 2020. Candidata de novo à Câmara ou a vice?

Nas ruas
No campo da situação, como já analisado aqui outras vezes, o prefeito pode optar por uma solução caseira, hoje voltada para a secretária de Obras e Serviços, Lorena Vasques. Com visibilidade garantida nos cargos, ela tem circulado bastante pelo município e feito inaugurações.

Mão pesada
Pode alterar o quadro a interferência do governador Renato Casagrande (PSB), mas, neste caso, volto no ponto lá de cima: o trio Libardi-Allan-Bruno teria que se desfazer, abrindo a mesa de negociação em outras frentes. Allan e Bruno Resende são da base do governo.

Nas redes
“Em dezembro, vamos conceder abono salarial aos profissionais da Educação no valor de R$ 1.500, e de R$ 1 mil aos servidores vinculados a outras secretarias, ativos e inativos. Uma forma de valorizar os nossos profissionais que têm colaborado para construção de um Estado que é referência em políticas públicas”. Renato Casagrande, governo do Estado.

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PL no jogo

Na semana da Festa de Cachoeiro, Callegari mira na gestão de Victor Coelho e joga luz na sucessão de 2024


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/pl-no-jogo

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