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Famílias sem-teto da Grande Vitória reivindicam solução definitiva de moradia

Ato foi realizado em frente ao Palácio Anchieta; audiência com Casagrande está marcado para a próxima segunda

A direção estadual do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) reivindica do Governo Casagrande (PSB) uma solução definitiva para as ocupações na Grande Vitória. Um ato público foi realizado no fim da tarde dessa segunda-feira (28), em frente ao Palácio Anchieta, com mais de 300 pessoas que fazem parte das ocupações Vila Esperança, Cidade de Deus (Vila Velha), Chico Prego (Vitória) e Residencial Limão (Cariacica).

Os manifestantes foram recebidos pela secretária de Estado de Direitos Humanos, Nara Borgo, que pré-agendou um encontro com o governador Renato Casagrande para a próxima segunda-feira (4). Também foi entregue um documento com dados de uma pesquisa da Fundação João Pinheiro, apontando a existência de cerca de 80 mil pessoas sem-teto no Espírito Santo, quase metade delas vivendo na Grande Vitória.

MNLM

Levando em conta essas informações, o Movimento Nacional reivindica o assentamento das cerca de 2 mil famílias (5 mil pessoas) que estão nas quatro ocupações da região metropolitana. A mais antiga delas é Cidade de Deus, com 16 anos, localizada em uma área pública das imediações da Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, que já se tornou um bairro, mas ainda não reconhecido.

Ainda na região da Grande Terra Vermelha, em Jabaeté, há a ocupação Vila Esperança, que está há três anos em uma área que abrange parte de um terreno particular e outra parte de terra devoluta (sem destinação pelo Poder Público).

Já a ocupação Chico Prego foi estabelecida há um ano na Cidade Alta, Centro de Vitória, no prédio da antiga escola São Vicente de Paulo. E a ocupação Residencial Limão está também há um ano em um conjunto residencial do programa “Minha Casa Minha Vida” inacabado, em Cariacica.

Para o movimento, a ideia de oferecer aluguel social para os sem-teto está fora de cogitação. “Quando vence o prazo do benefício, as pessoas voltam para a rua. Moradia é um direito constitucional. Queremos que as pessoas passem o Natal tranquilamente com suas famílias, sem o risco de serem despejadas”, defende Valdenir Ferraz, um dos coordenadores do MNLM no Espírito Santo.

Além da entidade, participaram do ato dessa segunda-feira representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e dos mandatos do vereador de Vitória André Moreira (Psol), da deputada estadual Camila Valadão (Psol) e do deputado federal Helder Salomão (PT). 

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