Lorenzo Pazolini marca três anos de sua eleição com discurso de candidato e afago no eleitorado
Até então se esquivando publicamente de abordar seu palanque à reeleição, apesar dos claros e intensos movimentos feitos em diversos setores, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), aproveitou a marca de três anos da sua consagração nas urnas para falar como candidato em 2024 e acenar para o eleitorado. Escolheu, para isso, as redes sociais, como mostra publicação dessa quarta-feira (29), com fotos da campanha de 2020 e uma pequena prestação de contas, para depois dizer: “É com muita emoção que agradeço a você, eleitor, pela confiança depositada em mim por meio do seu voto. Graças ao seu apoio, tenho a certeza de que estamos no caminho certo e que vamos continuar cuidando de todos, entregando o que há de melhor para a nossa linda cidade”. O discurso repete questões exploradas no pleito passado e sinaliza para os próximos embates. Pazolini usa seu lema da “paz e igualdade” e destaca uma “gestão participativa”. Diz ainda que encontrou as “contas no vermelho”; “reorganizou a máquina pública”; e “retomou o protagonismo da Capital”; além de exaltar “o maior investimento com recursos próprios da história, totalizando R$ 1,7 bilhão até este momento”. Um contraponto ao que já tem sido declarado por seus opositores, que rodam a cidade e lideram articulações. No resumo das principais críticas, pesa contra o prefeito que “Vitória perdeu o protagonismo e o desenvolvimento, está isolada, e não dialoga com a população nem com as entidades da sociedade civil”. A menos de um ano da disputa, todos sacam as cartas do jogo…
Pontos sensíveis
No lançamento de sua candidatura, em outubro, o deputado estadual João Coser (PT), que rivalizou com Pazolini em 2020 e já foi prefeito, soltou frases nesse sentido: “Vitória perdeu papel político e econômico” e “não se relaciona com os governos do Estado e federal”; “os municípios da região metropolitana avançam e a Capital fica para trás”; “precisa sair do ostracismo e voltar a ser espelho do Espírito Santo para o Brasil”.
Pontos sensíveis II
Outro ex-prefeito que está no páreo, Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) tem feito observações semelhantes: “Vitória precisa voltar a ser locomotiva de desenvolvimento para a região metropolitana e o Estado”; ter uma “agenda de desenvolvimento regional”; e uma “relação virtuosa entre as forças políticas, de mercado e da sociedade civil”.
Gestões
A se confirmar os três na disputa, o que parece irreversível, os comparativos entre gestões serão, aliás, inevitáveis. O que ficou marcado na memória do eleitorado da Capital? Um teste para lá de interessante.
Gestões II
Vale lembrar que outro ex-prefeito também já foi citado no contexto, mas não tem aparecido com evidência nas movimentações. Trata-se de Luciano Rezende (Cidadania). Em tese, ele e Luiz Paulo estão juntos nessa empreitada.
Alianças
No campo de Pazolini, os olhares também se voltam para as composições. Na última eleição municipal, ele caminhou com o DEM – hoje União -, PTC e Solidariedade. O União, sob comando de Felipe Rigoni, tende a apoiar Luiz Paulo; e o Solidariedade deixou a base…
Alianças II
…o braço forte do palanque de 2024, sinalizado por meses, seria o PP. Mas após ruídos com o Governo Casagrande, a negociação saiu dos holofotes. Por ora…
‘Vishi’
Saindo da área eleitoral, Pazolini é acusado de “calote” pelo representante do Trio Nordestino, da Bahia, o empresário Augusto César, da Prime Eventos de Recife – PE. O grupo se apresentou no último dia 30 de setembro, na festa de aniversário de 46 anos do bairro São Pedro, e deveria receber o cachê de R$ 60 mil um mês depois, como consta no contrato. Até agora, porém, nada!
‘Vishi II’
A denúncia diz ainda que, desde o dia 5 de outubro, quando foi protocolado o pedido de pagamento com a nota fiscal de serviços, o site da prefeitura indica que o processo está parado no gabinete do secretário de Cultura, Edu Henning. O trio, famoso do forró pé de serra, ameaça acionar a Justiça e fazer protesto em frente à prefeitura, para cobrar a dívida pessoalmente de Pazolini. A conferir!
‘Cachorro grande’
A guerra instalada na Serra em torno da “Operação Peixada” virou briga de cachorro grande na área jurídica. Do lado do prefeito Sergio Vidigal (PDT), o advogado Homero Mafra. Do outro, do deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), Flávio Cheim Jorge e Ludgero Liberato. Bancas criminalistas conhecidas e com influência e poder de fogo.
Nas redes
“Recebendo no Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados o presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e ex-governador Paulo Hartung. Entreguei a ele um exemplar do estudo que coordenamos sobre Retomada Econômica e Geração de Emprego e Renda no Pós-pandemia e dialogamos sobre políticas públicas”. Da Vitória, deputado federal e presidente estadual do PP, em encontro com Hartung.
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Republicanos em ação
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Juntos e misturados
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