Tratado de maneira abrangente no EP, o amor que sai da garganta da cantora se expressa das mais diversas formas: o amor ao Sagrado e o amor dedicado por esse mesmo Sagrado aos seres humanos, o amor pela família, pela natureza, por si mesma, pelo cantar, e, em Quem Dera, a última das seis faixas do EP, o amor romântico sim, não vivido, e sem especificar o sexo da pessoa amada, podendo ser homem ou mulher.
Músicas
O EP conta com seis músicas: Flor de Laranjeira, Ventania, Refaço, Desejo de Florescer, Espinhos e Flor e Quem Dera. Flor de Laranjeira, que abre o EP, fala de autoconhecimento e cura. Ventania, embora não mencione nomes de orixás, fala do Sagrado, do amor pelas e das yabás, que, conforme diz a música, são “o amor que move, que me guia, minha companhia”.
Refaço
Refaço é uma sensível homenagem da cantora a seu falecido avô, que a criou. Na canção ela percorre sua vida da infância à fase adulta, começando com uma gostosíssima gargalhada de criança, remontando a uma menina feliz, com lembranças dos momentos vividos com o avô, para depois falar do amargor da ausência e da procura por quem já se foi, que ela consegue encontrar nas alegres recordações e também nos ensinamentos sobre como curar “as dores da vida”.
Mais músicas
Desejo de Florescer, afirma a cantora, foi composta quando estava na janela do apartamento onde mora ao observar a lua, mesmo morando em uma região cercada de prédios. Ada Koffi fala da possibilidade de contemplar a natureza mesmo no meio urbano. Espinhos e Flor é um maravilhoso convite a olhar para si, se acolher com suas qualidades e defeitos, erros e acertos, buscar o equilíbrio.
Espinhos e Flor
Espinhos e Flor também fala do emanar amor por meio do cantar, “do poder de tocar os corações através da música”, de usar a canção “para ver se o mal espanta”. De acordo com Ada Koffi, a música é uma homenagem a duas cantoras: Ury Vieira e Luísa Dutra. Escolha acertadíssima para a homenagem, de fato, duas artistas que com o talento e sensibilidade, são sim capazes de tocar corações.
Repertório
Ada Koffi classifica seu EP como um trabalho com uma “pegada afro”, com toque de Ijexá, “para acalmar, para limpar”, com um pouco de samba e bossa. Antes de Entrelaçar, a cantora lançou as músicas Sabor, Menta, Sem Limites e Água Salgada. Esta última foi lançada durante os festejos de Iemanjá na entrega do balaio de Yemanjá, no píer de Camburi, em Vitória, na festividade organizada anualmente por Mãe Néia.
Lei Paulo Gustavo ampliada
A ampliação da Lei Paulo Gustavo foi aprovada na Câmara dos Deputados e segue para sanção presidencial. A proposta prorroga a execução dos recursos pelos entes federados até dezembro de 2024. Assim, municípios e estados poderão utilizar no ano que vem o saldo remanescente, ou seja, o que sobrou do recurso deste ano. Além disso, os trabalhadores da cultura que tiveram seus projetos aprovados poderão receber como “restos a pagar”, caso o exercício financeiro de 2023 termine antes da liquidação e do pagamento ao beneficiário.
Vídeos experimentais
Começaram nessa sexta-feira (1º), as inscrições para mulheres cegas e surdas que queiram trabalhar na realização de vídeos experimentais que serão exibidos na mostra artística Nada me falta. Ao todo, dez vão ser selecionadas para participar do processo de criação, entre os meses de janeiro e abril de 2024, com direito a receber uma bolsa do projeto durante esse período.
Vídeos experimentais II
Para se inscrever, é necessário entrar em contato com a Associação Sociedade Cultura e Arte (Soca Brasil), no número (27) 99609-8181, e solicitar a inscrição por meio de mensagem. As 30 primeiras inscritas serão convidadas para participar de um workshop na Casa da Cultura Sonia Cabral, dia 9 de dezembro, das 14h às 16h — na ocasião, serão selecionadas as dez artistas que vão integrar o projeto.
Vídeos experimentais III
O processo de criação das obras audiovisuais começa em janeiro, após a escolha das integrantes. Serão produzidos 15 vídeos de um minuto de duração, com linguagem experimental, sob direção da realizadora audiovisual, atriz, roteirista e dramaturga Rejane Arruda. As artistas cegas e surdas vão interagir com artistas ouvintes-videntes que compõem o coletivo Poéticas da Cena Contemporânea. O processo de criação das obras audiovisuais começa em janeiro, após a escolha das integrantes. Serão produzidos 15 vídeos de um minuto de duração. As artistas cegas e surdas vão interagir com artistas ouvintes-videntes que compõem o coletivo Poéticas da Cena Contemporânea.
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