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​Comunidade se opõe a fechamento de escola rural em Nova Venécia

Fechamento foi anunciado em reunião com representantes da gestão de André Fagundes e da Sedu

A comunidade da Escola Municipal Comunitária Rural de Ensino Fundamental Gaviãozinho, em Nova Venécia, extremo norte do Estado, questiona o fechamento da unidade de ensino anunciado nessa sexta-feira (5), em reunião entre os responsáveis pelos alunos e representantes da Secretaria Estadual de Educação (Sedu) e da gestão do prefeito André Wiler Silva Fagundes (PDT). Com o fim das atividades da unidade de ensino, os estudantes terão que estudar na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Zamprogno.

A escola para onde os alunos serão encaminhados, informa o agricultor Rogério Pilon Lopes, fica em Patrimônio do 15, a cerca de 10 km da que será fechada. A distância é um dos motivos pelos quais a comunidade é contrária ao fechamento. Rogério afirma que a Gaviãozinho, inclusive, atende famílias de comunidades mais distantes, também a cerca de 10 km da escola. No caso dos moradores dessas regiões, a situação, portanto, ficará ainda pior, já que os alunos e seus responsáveis terão que percorrer uma distância maior da atual.

O agricultor relata que sua filha ainda não está em idade escolar, mas o projeto era, futuramente, estudar na Gaviãozinho. Com o fechamento da escola, a criança, quando ingressar no ensino fundamental, terá que acordar às 4h para pegar o transporte escolar, que sai às 5h e percorre várias comunidades para chegar a Patrimônio às 7h. Contudo, afirma, a partir do ano que vem, o trajeto do transporte pode ser ainda maior, já que terá que percorrer mais comunidades, as que eram atendidas pela Gaviãozinho.
A Gaviãozinho não pratica a Pedagogia da Alternância, modelo de ensino no qual os estudantes alternam uma semana na escola, em tempo integral e sistema de internato, chamado de Tempo Escola, com uma semana em casa, denominada Tempo Comunidade. Contudo, mesmo assim, tem uma educação voltada para o campo, ao contrário da EEEFM José Zamprogno, o que a comunidade acredita ser um diferencial da escola que será fechada. Algumas das aulas oferecidas na Gaviãozinho, destaca o agricultor, são manejo de horta, café e pecuária.
O fechamento está relacionado ao fato de Nova Venécia ter assinado o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) do Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCES). O TAG tem provocado o fechamento de escolas em vários municípios capixabas. Também no extremo norte do Estado, mais precisamente em Ecoporanga, serão encerradas as atividades da comunidade da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Família Rural de Ecoporanga, que fica em Córrego do Paraíso, noroeste do Estado.
Em Cariacica, na Grande Vitória, serão fechadas as EMEFs Wellington Ferreira Borges, em Antônio Ferreira Borges; Olivino Rocha, em São João Batista; Jones dos Santos Neves, em Boa Sorte; Adalberto Queiroz, em Moxuara; e General Tibúrcio, em Porto de Santana. Quatro unidades de ensino serão municipalizadas: as Escolas Estaduais de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professor Augusto Luciano, em Cariacica Sede; Teotônio Brandão Vilela, em Nova Rosa da Penha II; Rosa Maria dos Reis, em Porto Belo; e Nossa Senhora Aparecida, em Oriente.
Em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado, cidade que assinou o TAG, a EEEFM Newtro Ferreira de Almeida, localizada no bairro Monte Belo, deixará de ofertar o ensino médio. Além disso, serão municipalizadas as escolas estaduais Maria Angélica Santana Marangoni, no bairro Zumbi, e Professor Domingos Ubaldo, no distrito de Conduru.

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