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​Verão em Guarapari começa com greve dos salva-vidas

Trabalhadores reivindicam aumento do efetivo, criação de postos de salvamento nas praias e EPIs

Nesta sexta-feira (22) começou o verão e, junto com ele, a partir do meio-dia, a greve dos guarda-vidas de Guarapari, na Grande Vitória, um dos balneários capixabas mais procurados pelos banhistas durante a estação. Os trabalhadores estavam em indicativo de greve desde outubro, pleiteando à gestão de Edson Magalhães (PSDB) aumento do efetivo, criação de postos de salvamento nas praias da cidade e disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

A prefeitura havia assumido com os trabalhadores o compromisso de entregar, até o último dia 30 de novembro, os EPIs, como pé de pato, uniforme, protetor labial, protetor solar e life belt (pequena prancha utilizada no resgate da vítima de afogamento). O protetor solar, segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Guarapari (Sintrag), Vagner Basílio, foi disponibilizado, mas a qualidade era ruim, pois “é oleoso, sai na água, parece uma manteiga”.

Os postos de salvamento, reivindicados pelos trabalhadores, são espaços nos quais podem utilizar banheiro, ter água potável à disposição, se proteger do sol e da chuva. Vagner afirma que a gestão municipal informou que na Praia do Morro é preciso aguardar a conclusão da obra de alargamento, de responsabilidade do Governo do Estado, assim como nas praias de Santa Mônica e Setiba, que também serão revitalizadas. Contudo, o dirigente sindical aponta que há praias como a dos Namorados e da Areia Preta, que não passarão por obras, portanto, é possível criar os postos.
A gestão de Edson Magalhães (PSDB) lançou edital em novembro para contratação de 100 guarda-vidas, que atuarão em Designação Temporária (DT), com contrato de seis meses prorrogável por mais seis. A publicação do edital foi um dos compromissos assumidos pela prefeitura para que fosse cessada a greve deflagrada em outubro e que durou três dias. No edital constou a garantia de pagamento do 13º salário e férias, de acordo com os meses trabalhados.
Essa garantia foi considerada um avanço pelo Sintrag, uma vez que isso não era um direito estendido aos trabalhadores em Designação Temporária. Além disso, na ocasião, a prefeitura assumiu o compromisso de chamar, em janeiro, os 35 profissionais que estão no cadastro de reserva do último concurso público realizado pelo município. “Esperamos que, de fato, sejam convocados”, cobra Vagner. 

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