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Balanço do povo trabalhador

Superamos tragédias sociais e políticas, mas o balanço de 2023 é bom
No mês de dezembro, entre os jingles bells com um Papai Noel velho, todo encapuzado, de mangas compridas, numa roupa grossa nos 40 graus de nosso quase verão e a expectativa de um Feliz Ano Novo, que buscamos desde quando nascemos e ainda está no advento, é hora de fazermos um balanço do que foi este ano e o que nos espera no próximo.

Passando os olhos nas manchetes dos meios de comunicação, observamos que a pauta eleitoral ainda se sobressai, frente às compras e aos festejos, tanto em relação aos governos atuais quanto aos pretendentes dos futuros. As lideranças ainda estão nas disputas, não baixaram a guarda, as perspectivas de cada um, de cada grupo estão em pleno desenvolvimento de um plano para o futuro.

Temos também como manchetes que, nos últimos 12 meses, a inflação das famílias com renda de até 2,5 salários-mínimos caiu para 3,27%, quando o índice de preços ao consumidor recuou de 0,26% para 0,19%, entre outubro e novembro.

O Produto Interno Bruto cresceu, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE), em 3,1%, acumulando uma alta de 3,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

O Ministério da Agricultura achou espetacular a abertura de 72 novos mercados para o agronegócio em 2023, além de notícias excelentes também em relação à economia, indústria e mercado de trabalho.

Diversas parcerias da Alemanha com organizações da sociedade civil brasileiras e o conselho federal alemão ampliam investimentos em setores brasileiros como bioenergia e negócios entre governadores de regiões alemãs e o Brasil.

Os juros dos créditos consignados não ultrapassam o teto de 1,8% ao mês, facilitando o crédito e a saída de um endividamento entre aposentados e pensionistas.

O salário mínimo vai aumentar em janeiro de 2024 para R$ 1.412, um aumento de R$ 92, e a retomada de uma valorização que havia sido abandonada pelos dois governantes anteriores. Essa valorização ajuda muito a movimentação da economia, beneficiando milhões de aposentados que ganham em sua maioria entre um e dois salários-mínimos.

O governo federal lançou uma estratégia para alavancar o empreendedorismo feminino, com foco nas mulheres em situação de vulnerabilidade, o que fortalece a liberdade e autonomia.

O Brasil e a Alemanha assinam 19 acordos ambientais com geração de emprego e renda, uma parceria estratégica entre os dois países, recuperando o protagonismo internacional do Brasil no mundo.

Com a derrota do conservadorismo e o fortalecimento da democracia, em menos de um ano de governo democrático, as coisas começam a tomar um rumo que agrada a todos os brasileiros, gerando desenvolvimento econômico e social, com geração de trabalho e emprego e renda.

O cenário movimenta a roda da economia, superando o ciclo vicioso do lucro com a especulação financeira, com dinheiro na mão do povo trabalhador que, comprando, movimenta o consumo, que movimenta a produção, que gera emprego, gerando mais renda e fazendo a roda da economia girar.

Estamos construindo um novo brasil, com respeito às diferenças, enfrentando o preconceito e a discriminação, buscando igualdade social com equilíbrio econômico.

As nossas perspectivas para o próximo ano e os vindouros são de mais democracia, transparência, combater as mentiras e comunicando a verdade como instrumento de enfrentamento às desigualdades sociais.

As boas práticas e as experiências de sucesso devem ser de conhecimento de todos para combater a miséria, a pobreza, a fome e toda e qualquer injustiça ao povo trabalhador. Somos uma sociedade de maioria de trabalhadores que têm interesse e necessidade de trabalho, renda e comida na mesa.

Sabemos que tudo isso depende de nossas escolhas políticas, tanto nas cidades quanto no campo, nas indústrias e nas florestas. A classe trabalhadora precisa ser solidária, pois no campo e na cidade somos a mesma classe trabalhadora, que produz a riqueza do país e queremos ser reconhecidos por isso.

O povo trabalhador precisa de políticas públicas de qualidade, eficientes, com participação popular na sua elaboração e implementação, “nada para nós, sem nós”.

Precisamos que a tecnologia esteja a nosso favor e não tirando nosso emprego, diminuindo nossa renda, aumentando a exploração.

Precisamos de cidades onde tenhamos acessibilidade e mobilidade, e não passando boa parte de nosso dia estressados, por horas, em transportes públicos ineficientes, para chegar no horário ao trabalho. Queremos tarifas zero para o transporte público.

Queremos participar do poder, para dar a ele a cara do Brasil, uma cara da maioria dos brasileiros, uma cara de quem trabalha, gera riqueza e não fica com a parte justa desta produção. Queremos participar para mudar a realidade, transformar as cidades e a nossa vida.

Acreditamos que um mundo melhor é possível, que podemos desenvolver com sustentabilidade, e que essa sociedade justa e democrática, com justiça social, pode ser construída pelas nossas mãos, com nossas escolhas, com nossa participação.

Está chegando um final de ano, superamos tragédias sociais e políticas nos últimos anos, mas o balanço é bom, e temos esperança de que os próximos serão melhores, acreditamos, como Paulo Freire, que “é preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”.

Que os próximos anos nos tragam oportunidades de fazermos as melhores escolhas para construir um novo Brasil, a partir das nossas cidades, porque merecemos e só será construído pelas nossas mãos, segundo nossos desejos e interesses. As transformações sociais dependem das ações de quem vive do seu trabalho. Somos a classe trabalhadora. Que venha o nosso futuro!

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