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Convergências políticas afastam ex-deputado da disputa em São Mateus

Presidente do DER, Eustáquio de Freitas, seria uma das prioridades à Câmara Federal em 2026

O reforço do bloco político liderado pelo governador Renato Casagrande (PSB) e o vice, Ricardo Ferraço (MDB), ao empresário Marcus Batista, conhecido como Marcus Cozivip, filiado há pouco tempo ao Podemos, afasta cada vez o ex-deputado Eustáquio de Freitas (PSB), atualmente na presidência do Departamento de Edificações e de Rodovias do Estado (DER-ES), da disputa à Prefeitura de São Mateus, no norte do Estado, e isola o prefeito Daniel da Açaí (sem partido).

Ligado a Casagrande, do mesmo partido, com folha de serviços prestados durante seus mandatos na Assembleia Legislativa, segundo o mercado político, Freitas seria colocado entre as prioridades do grupo na chapa para deputado federal de 2026, como parte da articulação que projeta saída de Casagrande para concorrer ao Senado, e a reeleição de Ricardo, então no cargo de governador.

Em 2022, Freitas tentou chegar à Câmara Federal, sem êxito. Ele sempre é prestigiado em atos públicos do governo do Estado no município, que recebe grande volume de obras, mas de uma forma a neutralizar a movimentação do atual prefeito, Daniel Santana, o Daniel da Açaí e, em decorrência dessa condição, afastando a possibilidade de pré-candidatura da secretária de Educação, Marília Silveira (MDB).

Neste mês, para piorar a situação, a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), de Brasília, decidiu pelo retorno ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) do processo a que Daniel da Açaí responde por organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, fraudes em licitação, improbidade administrativa e falsidade ideológica, que tramitava no Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) por decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desde o final de 2021.

A secretária Marília Silveira se vê às voltas de ameaças de perder o comando do MDB, dentro da estratégia do presidente estadual do partido, Ricardo Ferraço, de substituir dirigentes eleitos em convenções, recentemente, por pessoas de sua confiança. Ela evita se manifestar, mas pessoas próximas afirmam que “é machismo”.

Marília já chegou a registrar um Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Civil, por conta de ataques feitos contra ela, em discursos na Câmara de Vereadores. Um grupo de mulheres a acompanhou, há cerca de 15 dias, para formalizar a queixa. Nos meios políticos, é dada como certa a saída de Marília no comando do partido, como ela mesma diz.

Sem Freitas na disputa, são apontados ainda como pré-candidatos em São Mateus, o radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos), o ex-deputado Jorge Silva (PDT), o também radialista Ferreira Júnior (SD), e o presidente das Câmara de Vereadores, Paulo Fundão (PP).

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