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Embate judicial com oposição marca sucessão na Serra

Sergio Vidigal, Muribeca e e Audifax são os três apontados no mercado com maiores densidades eleitorais

Janeiro de 2024 começa com a expectativa nos meios políticos do anúncio de reeleição do prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), que até o encerramento de 2023, manteve silêncio sobre seu futuro político. Entre interlocutores mais próximos, a pré-candidatura para um quarto mandato é questão já resolvida: ele entrará na disputa, prova disso, nos meios políticos, é o embate na Justiça contra seu maior opositor, no momento, o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos). 

Além do parlamentar, outro nome apresenta movimentação capaz de fazer frente ao atual prefeito do maior e mais representativo município da economia do Espírito Santo, com 349,9 mil eleitores: o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), que vem de duas derrotas eleitorais (uma delas do seu apadrinhado político, em 2020) e há 20 anos se reveza com Vidigal no comando da gestão municipal. 

Enquanto com Audifax a movimentação se dá no campo eleitoral, com Pablo Muribeca a disputa passou a envolver a área criminal, depois do tumulto provocado pela chamada “Operação Peixada”, realizada pelo parlamentar na sede do Sistema Nacional de Emprego (Sine) da Serra, em 17 de novembro, dando origem a processos judiciais.

A Procuradoria-Geral da Serra acionou Muribeca em duas ações e, também, na Assembleia Legislativa, por quebra de decoro, por invadir a sede do órgão, para comprovar denúncias de favorecimento a aliados do prefeito. O caso atinge, no âmbito da Câmara Municipal, os vereadores Anderson Muniz (Podemos), Darcy Júnior (Patri) e Professor Artur (Solidariedade), que participaram do ato e respondem a uma Comissão Especial Processante (CEI), cujas primeiras oitivas estão previstas para janeiro. Os processos, que envolvem ainda tentava de impedir que Muribeca entre nas unidades de saúde do município, já registram vitórias e derrotas para ambos os lados.

O cenário apresenta ainda, neste final de ano, o ex-deputado estadual Roberto Carlos (PT), que concorre internamente no partido com a vereadora Elcimara Loureiro. No mercado político, a vereadora desponta como a preferida, considerando as duas derrotas de Roberto Carlos nas eleições de 2018 e 2022, na tentativa de retornar à Assembleia.

Elcimara conta com o apoio da corrente liderada pela presidente estadual do PT, deputada federal Jack Rocha e o deputado estadual João Coser. Ela é relatora da CEI que investiga os vereadores aliados de Muribeca.

Outros nomes são do presidente da Câmara, Saulinho da Academia, que seria o candidato de Vidigal, caso o prefeito não confirme a reeleição. Em julho, ele deixou o Patriota e filiou-se ao PDT, partido de Vidigal, sendo apontado no mercado político como o nome do prefeito para a sucessão de 2024. Esse clima esfriou.

O mercado relaciona ainda o vice-prefeito, Thiago Carreiro (União), rompido com Vidigal, a quem faz forte oposição; vereador Igor Elson (PL); o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, ex-deputado estadual Bruno Lamas, que deve compor com Sergio Vidigal, aliado do governador Renato Casagrande (PSB). Todos estes em menor escala, sem chance, no atual cenário, de confirmar a pré-candidatura.

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