Padre Marcos encaminhou vídeo ao prefeito Lorenzo Pazolini, pedindo providências para normalizar a situação
Tombada como patrimônio histórico municipal e uma das atrações do turismo religioso no Espírito Santo, a Basílica de Santo Antônio, em Vitória, está com a área externas totalmente às escuras, aumentando o risco de assaltos e de se transformar em ponto de comércio de drogas, segundo frequentadores do local. Nesta sexta-feira (12), o padre Marcos, responsável pelo templo, encaminhou um vídeo ao prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) pedindo providências.
No vídeo, o padre informa ao prefeito que desde o dia 3 de janeiro “o santuário vem apresentando dificuldades com a iluminação, pública, por ser um monumento tombado. Recentemente, a prefeitura fez um sistema de iluminação aqui, mas, infelizmente, não está funcionando como devia”. Ele alerta para a insegurança, causando impacto negativo não só para os frequentadores, mas para a beleza do santuário.
Mais à frente, o padre diz: “Eu já mandei vídeos para o secretário Alex Mariano [de Transportes e Desenvolvimento Urbano] e as pessoas encarregadas lá na Secretaria, mas nenhum deles está dando nenhuma resposta. Eu pedirei encarecidamente ao senhor que olhasse com carinho, como gestor maior da prefeitura”.
História
A basílica foi tombada como patrimônio histórico municipal, em processo do Conselho do Plano Diretor Urbano de Vitória, que reconheceu o valor histórico e social da edificação para a cidade.
Sua construção começou em 1956, porque a paróquia de Santo Antônio já não comportava o número de fiéis. O padre pavoniano Mateus Pizzani coordenou um mutirão de moradores e devotos para erguer o templo com mão de obra e doações. Os trabalhos só foram concluídos em 1976.
A base da igreja foi feita em forma de cruz grega. A basílica ainda possui uma imponente cúpula central e quatro semicúpulas. Ela é inspirada na arquitetura renascentista da igreja de Nossa Senhora da Consolação, em Todi, Itália, construída no século XVI. No entanto, a basílica é bem menor.
O mestre italiano Alberto Bogani foi convidado para fazer os afrescos no interior do templo. Já o famoso artista Carlos Crépaz ficou com os vitrais e a expressiva escultura do “Cristo Moribundo”.