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Ufes está mais perto de abrir graduação na área do Teatro

Reitoria designou uma comissão organizadora do curso, cuja previsão de oferta de vagas é em 2025

Uma reivindicação antiga da classe artística capixaba pode estar perto de se concretizar: a abertura de um curso na área do Teatro na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A Comissão Organizadora foi designada pelo reitor Paulo Vargas por meio da Portaria nº 138. O nome pensado para o curso é Licenciatura em Artes da Cena – Habilitação Teatro.

Fazem parte da comissão os professores do Centro de Artes Cesar Augusto Amaro Huapaya, Juliana Marilia Coli e Rosana Lucia Paste. Também integrará a comissão o professor do Departamento de Serviço Social Willian Berger, cujo nome será incluso em uma nova portaria.

Cesar Huapaya recorda que a mobilização pela criação do curso tem mais de 30 anos, capitaneada pelo Sindicato dos Artistas do Espírito Santo. Huapaya, que é fundador do Grupo de Teatro Experimental Capixaba, afirma que o principal argumento para a não abertura do curso sempre foi falta de dotação orçamentária. Contudo, com o início do novo mandato do presidente Lula, a possibilidade da nova graduação se concretizar se tornou maior. Segundo Huapaya, o pleito da classe artística tem apoio do senador Fabiano Contarato (PT) e dos deputados federais Jack Rocha (PT) e Helder Salomão PT).

O curso vai formar professores de Teatro para atuar no ensino fundamental e médio, além de qualificá-los para atuar no planejamento, organização e acompanhamento de atividades educacionais na área do Teatro. A previsão de duração do curso, que terá disciplinas como interpretação, direção, expressão vocal, história do Teatro no Brasil e no Espírito Santo, é de cinco anos, com 800 horas de atividades práticas.
A ideia é que a graduação seja acessível às camadas populares. “Não vai ser curso para burguês, de dia. É uma proposta de curso noturno. Artista não tem dinheiro, tem que trabalhar durante o dia”, diz Huapaya, que classifica a possibilidade de abertura do curso como algo “revolucionário”. “A partir do momento que se cria um curso como esse, se evolui na forma de fazer, se cria um saber fazer, se discute o saber fazer dessa arte”, destaca.
A proposta de curso criada pela comissão será encaminhada para o Departamento de Teoria da Arte e Música, para depois ser apreciada no Centro de Artes. A decisão final será tomada no Conselho Universitário. Caso a abertura seja aprovada, terá início os passos para implementação, como contratação de professores. A expectativa, de acordo com Huapaya, é de que em 2025 as vagas já sejam disponibilizadas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

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