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​Espírito Santo estuda criação de botão do pânico para motoristas de aplicativo

Afirmação foi feita pelo secretário Eugênio Ricas durante reunião com sindicato e familiares de motorista desaparecido

O secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas, informou que o governo estuda a criação de um botão do pânico para motoristas de aplicativo. A informação foi dada em uma reunião realizada na tarde desta sexta-feira (16) com representantes sindicais e familiares do motorista Jonata de Souza Oliveira, desaparecido desde o último domingo (11).

Também participaram o delegado Marco Aurélio Ferreira de Oliveira e o coronel da Polícia Militar (PM) Márcio Celante. O grupo foi até a secretaria após uma manifestação na Praça do Papa, nesta sexta-feira (16), na qual denunciaram o desaparecimento de Jonata e reivindicaram mais compromisso com a segurança por parte dos aplicativos. 

A criação do botão, segundo Gessé Gomes de Souza, presidente do Sintappes, sindicato que representa a categoria, é bem-vinda, mas ele avalia que se os aplicativos investissem em segurança, situações como a de Jonata, que saiu para trabalhar e não mais voltou, poderiam ser evitadas. Ele sugere verificação de rosto do passageiro e maior cooperação com as forças de segurança, uma vez que há demora na disponibilização de dados para as investigações. “Essa demora custa vidas”, lamenta.

Gessé informa, ainda, que durante a reunião, não foram passadas informações sobre as diligências do caso. De acordo com ele, o delegado falou que não poderia entrar em detalhes para não atrapalhar o andamento das investigações, mas que o Corpo de Bombeiros foi acionado para atuar na busca pelo motorista desaparecido. Contudo, após a reunião com os familiares e representantes do sindicato, o secretário afirmou, em vídeo nas redes sociais, que é trabalhada a possibilidade de latrocínio e que, “ao que tudo indica, os suspeitos já foram identificados”. Já o coronel, durante a reunião, se colocou à disposição do sindicato para auxiliar em situações similares que possam acontecer.
Apesar de não ter sido repassado algo muito concreto quanto ao desaparecimento de Jonata, a reunião foi considerada pelo sindicato e pela família como positiva. “Foi um ato de acolhimento que deve ser reconhecido como a iniciativa de uma instituição pública que cumpre seu papel constitucional”, diz Gessé. 
A esposa de Jonata, Tainá Neves de Oliveira, reclama das fake news que circulam pelos grupos de WhatsApp, apontando que o corpo do marido foi encontrado. De acordo com a dona de casa, o momento é de angústia. “Não como direito, não durmo direito. A família está muito abalada. A gente só quer encontrar ele. É um marido muito bom, um pai muito bom, trabalhador. É um exemplo de jovem para muitas pessoas”, ressalta. Além dela, compareceram à reunião a mãe de Jonata, Luiza de Souza, e o pai, Elias Rezende Duarte.
Manifestações
O Sintappes não descarta a possibilidade de realizar manifestações por segurança para os motoristas de aplicativo e entregadores. Gessé afirma que o sindicato irá contatar esses últimos para que, juntos, possam estudar essa possibilidade. Além de buscar diálogo com a Sesp sobre a situação de Jonata, a entidade também divulgou uma nota de repúdio à violência sofrida por um motoboy nessa quarta-feira (14) no bairro Araçás, em Vila Velha.
O trabalhador foi vítima de um assalto, praticado por quatro pessoas, que o abordaram e roubaram seus pertences, incluindo celular, moto e bolsa na qual transportava os alimentos a serem entregues para os clientes. “Exigimos das autoridades competentes uma investigação rigorosa e a aplicação da lei de forma justa e eficaz para que os responsáveis por este ato hediondo sejam identificados, capturados e devidamente responsabilizados”, pontua a nota divulgada pelo Sintappes.

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