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PL em apuros

Definitivamente, não está fácil para Magno Malta e seus planos ambiciosos para as eleições deste ano…

Redes Sociais

Desde o ano passado, o senador Magno Malta e as lideranças do PL anunciam planos ambiciosos para as eleições municipais deste ano, a ponto de rejeitarem composições que não sejam de cabeça de chapa e, em alguns casos restritos, no mínimo ocupar o lugar de vice. Na prática, porém, o que tem acontecido são sucessivos naufrágios de palanques em municípios estratégicos do ponto de vista eleitoral. A queda da vez, ainda pior, por se tratar da Capital, a segunda vitrine política do Estado, veio com a prisão do deputado estadual Capitão Assumção, na noite dessa quarta-feira (28), por descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Assumção já disputou o cargo em 2020, sem oferecer riscos aos adversários, mas vinha agora no embalo de ter sido o segundo mais votado à Assembleia Legislativa, com 98,6 mil votos, e já lançava suas munições em cima do prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que transita na mesma área da direita e bolsonarista. Os efeitos da prisão tanto para a imagem do deputado quanto para o PL ainda são incertos, assim como a própria candidatura, já que não se sabe até quando ele ficará fora de cena. Se sair a tempo de cumprir o calendário eleitoral, Assumção assumirá a postura repetida pelos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de “perseguidos” e “injustiçados”, para ver como ecoa no seu eleitorado. Caso contrário, o PL terá novamente que buscar um Plano B, e aí pode voltar ao cenário o ex-vereador e atual deputado federal Gilvan da Federal – também segundo mais votado à Câmara, com 87,9 mil -, hoje anunciado como o nome do partido para o Senado em 2026. Como o PL sairá de mais essa? É o que veremos, em breve!

Sem saída
Por enquanto, como informado em matéria aqui do Século Diário sobre o caso, Magno mantém a posição de que o PL não terá Plano B em Vitória e o candidato é Assumção. Depois, a persistir o problema, serão outros 500…

Contraditória
Em 2020, aos 45 minutos do segundo turno eleitoral, Assumção/PL declarou apoio a Pazolini contra o petista João Coser. Mas já há algum tempo, e inclusive no lançamento da candidatura deste ano, o partido adotou o prefeito como alvo. Essa aliança, hoje, seria impossível de explicar.

Contraditória II
As críticas ao prefeito são por angariar votos na direita e na ala bolsonarista sem nunca ter participado de qualquer movimento e muito menos ter declarado apoio a Bolsonaro. Nos últimos dias, Assumção fez dois discursos duros em plenário contra Pazolini e também o acusou de usar aliados para tentar minar seu palanque.

Estratégias
A decisão que culminou com a prisão do deputado atende a pedido pela procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade, feito há um ano. O deputado, embora proibido por ser réu em inquérito que trata de milícia digital e fake news, vinha usando as redes sociais regularmente. A demora entre o pedido e a prisão é o que já tem sido explorado pela defesa e os bolsonaristas, para dar a tônica de conotação eleitoral ao caso.

Estratégias II
Desde a noite dessa quarta, lideranças do partido no Estado usam as redes para protestar e exaltar a atuação do deputado, apontado como “o candidato de Bolsonaro em Vitória”. O enredo vende exatamente uma “grande conspiração”, que seria replicada em vários estados, contra a direita e os bolsonaristas. É o tom que vai nortear a campanha, aconteça o que acontecer nas próximas semanas.

Inferno astral
O pesadelo eleitoral do PL, vale lembrar, começou em janeiro, com a prisão do empresário e veterinário Thiago Oliveira, que vinha sendo trabalhado como a aposta e “novidade” da eleição a prefeito em Vila Velha. Ele também está preso, acusado de extorsão a um empresário indiano. Tiago chegou a ir a Brasília e foi filiado à legenda com festa e muitas exaltações.

Inferno astral II
Sem ele na jogada, as atenções se voltaram primeiro para o então vereador Devacir Rabello, bem votado na eleição à Câmara Federal em 2022 e que fez apelo público a Magno para disputar a prefeitura. Ele acabou perdendo espaço novamente com a entrada do coronel Alexandre Ramalho no cenário, tudo indica pelo Republicanos, para fazer trinca com o PL e PP. Mas…

Planície
mesmo que o PL considerasse Devacir uma possibilidade, tem outro problema: ele acaba de perder o mandato por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por fraude na cota de gênero cometida pelo DC, partido que deu legenda ao vereador na eleição de 2020. Por ora, vai tentar retornar à Câmara, diz Devacir, “como o mais votado”.

Perdeu alcance
Em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, outro centro eleitoral importante, o PL perdeu o palanque considerado favorito, do vereador Júnior Correa. Ele decidiu largar tudo para virar padre, mas dias antes, expôs desavença com Magno. A única opção por lá já foi acionada, que é o vereador Léo Camargo, até então, candidato à reeleição. Ele foi bem votado à Câmara em 2020, mas não tem o alcance eleitoral projetado para Juninho.

Nas redes
“Juntos iremos reconstruir um novo Cachoeiro. Cachoeirense pensando em Cachoeiro”. Callegari, deputado estadual pelo PL, sobre aliança com o partido Novo no município.

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Tabuleiro revirado

Desistência em Cachoeiro é mais um palanque do PL, de Magno Malta, que naufraga em município estratégico 


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/tabuleiro-revirado


Plano desfeito

Bomba que estourou no PL coloca Devacir Rabello no centro do tabuleiro em Vila Velha. Agora vai?


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/plano-desfeito


Jogadas de 2024

PL lança suas cartas: festa de filiação de cotado à Prefeitura de Vila Velha e anúncio da visita de Bolsonaro e Michelle


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/jogadas-de-2024

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