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Teste de interlocução

Casagrande resolve outra questão ligada à Assembleia e anuncia Junior Abreu para a Casa Civil

Hélio Filho/Secom

As conversas de bastidores políticos logo encontraram uma resposta: o novo secretário-chefe da Casa Civil será Junior Abreu, até agora lotado em cargo na Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan). O anúncio foi feito pelo governador Renato Casagrande (PSB) nesta quarta-feira (6), nas redes sociais, um dia após a assinatura do ato de nomeação do ex-ocupante do cargo, Davi Diniz, como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). A escolha resolve outra questão ligada à Assembleia Legislativa nos últimos dias, junto com o “Caso Assumção”, que teve sua prisão revogada pelos colegas de plenário, em um nada surpreendente placar de 24 x 4. Como analisei na coluna passada, a definição de um substituto para executar a articulação entre o governo e o legislativo, na sequência da atuação de Davi Diniz, que tinha a simpatia e defesa tanto da base quanto da oposição, já colocava carga em cima do governador, sob risco de azedar uma relação consolidada. O teste de Junior Abreu, considerado um perfil semelhante ao do antecessor, começa nos próximos dias. Não demora, também, virá a repercussão. Ponto para Casagrande ou talvez?

Segue…
No seu anúncio, o governador destacou o “histórico de serviço prestado ao Estado” do novo secretário e disse ter “plena confiança em sua capacidade de contribuir com nossa gestão”.

Estratégica
Junior Abreu chegou à gestão Casagrande em 2019, como secretário de Estado de Esportes. Antes, já tinha ocupado o cargo de diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), e também atuou em prefeituras, principalmente da Serra. É considerado, hoje, um quadro de confiança do governador, o que se evidencia nessa decisão de torná-lo responsável pela estratégica função exercida pela Casa Civil.

Papel cumprido
Agora sobre Assumção…não há como negar que a escolha de Lucas Scaramussa (Podemos), um advogado criminalista, como relator da comissão especial que apresentou o parecer ao plenário, nesta quarta, foi uma boa sacada interna. Detalhista e com referências jurídicas e linguagem da área, forneceu, apesar das controvérsias do caso, o embasamento que os deputados queriam para tentar escapar de possíveis arranhões à imagem e do título de corporativistas. Eu disse tentar, viu?!

Papel cumprido II
Os efeitos da decisão ainda são uma incógnita e, sim, os deputados sempre foram corporativistas, mas agora têm um relatório para decorar e fazer autodefesa do que investiram desde o início, que era tirar Assumção da prisão. Não à toa, o que mais se ouviu após a apresentação foram adjetivos como “brilhante” e “fantástico”.

Sem choque
Na votação da comissão especial, que fechou placar unânime, imagem transmitida pela TV Ales mostrou a comemoração do deputado bolsonarista Callegari com o voto favorável do líder do Governo, Dary Pagung, do PSB de Casagrande.

Só um
Aliás, o único voto destoante da bancada do PSB foi do deputado Tyago Hoffmman, que divide com Dary a função de defender o governo em plenário. Janete de Sá acompanhou Dary em favor de Assumção.

Afagos
Em processo de saída do PL alegando exclusão, Zé Preto fez questão de falar em plenário para exaltar Assumção e o presidente estadual do partido, senador Magno Malta, e criticar o STF. As divergências, que inclusive impediram o deputado de erguer o palanque à Prefeitura de Guarapari, por alguns minutos, ficaram bem longe, lá no passado!

Dias longos
Já Hudson Leal, depois da missão cumprida na Assembleia, jogou um balde de água fria, ao dizer que a decisão que será encaminhada ao Supremo pode “mofar” por lá. Citou um caso de vereador do interior que disputou eleição preso e disse que Assumção, candidato a prefeito em Vitória, pode passar pela mesma situação. Mas deixou claro que torce pelo contrário, hein?!

Não resistiu
Pablo Muribeca (Republicanos) foi o único a destoar do assunto na sessão desta quarta. Falou de Assumção e logo iniciou mais um discurso contra o prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), novamente na área da Saúde. O vídeo da vez foi no Hospital Materno Infantil, denunciando mais de 10 horas de espera para atendimento e até um parto realizado pela própria avó. Muribeca pede intervenção no município.

Nas redes
“Gostaria de parabenizar Tyago Hoffmann pela coragem do seu voto em defesa da democracia, da responsabilidade e da ética. Quem descumpre decisão judicial comete crime e deve cumprir pena seja quem for, deputado não é melhor do que ninguém e jamais estará a cima da lei”. Fabricio Pancotto, presidente do PSB de Vitória.

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Próximos capítulos

Com a decisão nas mãos da Assembleia, qual a chance de Capitão Assumção não se livrar da prisão?


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/proximos-capitulos-1

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