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Thiago Peçanha, ex-prefeito de Itapemirim, anuncia filiação ao PSB

Mesmo com impedimento judicial, Peçanha se coloca como candidato e comemora entrada no “partido do governador”

“Com muita alegria anuncio minha filiação ao PSB [Partido Socialista Brasileiro], partido do nosso querido governador Renato Casagrande, onde fui recebido com muito carinho e entusiasmo”, publicou em suas redes sociais, na noite dessa quinta-feira (7), Thiago Peçanha, ex-prefeito de Itapemirim, no litoral sul do Estado.

Redes Sociais

Peçanha foi cassado do cargo no Poder Executivo em 2022, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e declarado inelegível por oito anos, mas, ainda assim, tem sustentado a sua pretensão de voltar à Prefeitura de Itapemirim. Outro revés do ex-prefeito nos últimos dias foi a rejeição de suas contas relativas a 2018, no seu primeiro mandato, pela Câmara de Vereadores.

Na fotografia de divulgação, Peçanha faz o sinal do “quatro” com a mão – em alusão ao número do partido, 40 – ao lado de figuras do PSB estadual, incluindo o presidente da sigla no Espírito Santo, Alberto Gavini, e o secretário do Movimento Popular Socialista (MPS), Mário Negão, figura atuante na política do sul do Estado.

Ausente na foto, o presidente do diretório municipal do PSB de Itapemirim, Rodrigo Bolelli, tentou até o último minuto impedir a entrada do ex-prefeito na sigla, segundo informações de uma fonte próxima do PSB. Bolelli foi o autor da ação que resultou na cassação de Peçanha, mas agora, ironicamente, tende a perder espaço para o adversário em sua própria sigla.

Além disso, Bolelli é aliado de Alex Wingler (Podemos), secretário de Saúde de Cachoeiro de Itapemirim, e também pré-candidato a prefeito. Até o início do ano, Wingler tentava se articular com PSB e Rede Sustentabilidade, mas agora vê as duas siglas tomadas pelo grupo de Peçanha.

Apesar da novidade no PSB, a tendência é o governador Renato Casagrande apoiar a reeleição do atual prefeito, Doutor Antônio, que pretende sair do Progressistas (PP), mas ainda não sabe para onde vai – Wingler já “avisou” que no Podemos, principal alternativa de Antônio, ele não entra.

Articulações eleitorais

Outro pré-candidato a prefeito em Itapemirim é o dentista Geninho Bechara, que teve seu nome referendado em um evento do Partido Democrático Trabalhista (PDT) realizado no último dia 23 de janeiro. Novato na política, apesar de ser sobrinho do ex-prefeito Jorge Bechara, já falecido, Geninho filiou-se ao PDT em dezembro de 2023, ganhando de imediato o apoio do Solidariedade. Ele afirma que já visita comunidades e mantém contatos com outras lideranças, a fim de garantir apoios.

Os vereadores João Bechara (PSB) e Paulinho da Graúna (a caminho do Republicanos) – esse último, presidente da Câmara de Itapemirim – também têm se colocado como pré-candidatos a prefeito, mas dialogam com Alex Wingler.

Na esquerda, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) tem como pré-candidato a prefeito de Itapemirim Professor Jésus. Entretanto, as movimentações de Thiago Peçanha em direção à Rede, com quem o Psol está ligado por uma federação a nível nacional, preocupam os psolistas.

Em 2022, o vice-prefeito da chapa cassada de Thiago Peçanha, Niltinho (PSDB), disputou as eleições suplementares, obtendo cerca de 460 votos. Concorreu ainda o então prefeito interino, Zé Lima (PDT), que ficou em segundo lugar na votação, com 48,11% dos votos (12.539). Em 2020, Zé Lima havia sido eleito vereador e presidente da Câmara de Itapemirim, mas, com a cassação do prefeito e do vice, assumiu as funções. 

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