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Projeto que cria botão do pânico é apresentado para motoristas de aplicativo

Botão seria instalado no celular, com atualização da localização do motorista de 10 em 10 minutos

O projeto de instalação do botão do pânico para motoristas de aplicativo foi apresentado para o Sintappes, sindicato representativo no Espírito Santo, na manhã desta quinta-feira (14). A ferramenta seria instalada no celular, com atualização da localização dos motoristas de 10 em 10 minutos, como proposto pela Uber em parceria com o Governo do Estado. 

A iniciativa já é desenvolvida em outros estados, como Amazonas, Rio de Janeiro, Pará, Bahia e Maranhão, contudo, aponta o presidente do Sintappes, Gessé Gomes de Souza, não foram apresentados dados a respeito dos resultados alcançados nesse locais. 

Ele relata que o sindicato defendeu que o botão seja aplicado não somente pela Uber, mas em todas outras plataformas. Também destacou a importância de que não seja via celular, uma vez que uma das primeiras coisas que os criminosos fazem ao render o trabalhador, é se apropriar do aparelho. De acordo com o dirigente sindical, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) se mostrou aberta a dialogar com as outras plataformas e a buscar alternativas para além do celular.

Além de seus diretores, o Sintappes levou um trabalhador da base para a reunião, conduzida pelo subsecretário de Comando e Controle da Sesp, André Có Silva. O secretário Eugênio Ricas justificou a ausência, pois estava em viagem. Também participaram representantes do Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes); da Uber; da Associação dos Motoristas de Aplicativo do Estado (Amapes); e da Federação dos Taxistas.

A possibilidade de implementação do botão do pânico foi informada por Eugênio Ricas em uma reunião com o sindicato no mês passado, por ocasião do desaparecimento do motorista Jonata de Souza Oliveira, que dias depois foi encontrado morto.

A viabilidade da parceria entre a plataforma e o governo está em análise na Procuradoria Geral do Estado (PGE). O Sintappes vai encaminhar ofício para o órgão para “se manifestar sobre a importância social do assunto”. Durante a reunião, o sindicato também apresentou uma proposta de instalação de câmeras nos veículos. O subsecretário se comprometeu a analisar, mas não foi estipulada nenhuma data de resposta para a demanda.
A entidade propõe que a instalação de câmeras nos veículos seja durante o período noturno e em tempo real. Segundo Gessé, as câmeras seriam uma ação de prevenção, enquanto o botão do pânico, embora considerem uma iniciativa importante, seria algo mais voltado para a necessidade de o motorista buscar ajuda ao sofrer a violência.
As câmeras seriam instaladas por meio de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Sesp, com a disponibilização de 2 mil conexões simultâneas ao Ciodes. Teriam prioridade motoristas mulheres, negros, com deficiência e da comunidade LGBTQIA+. Outros 20% para trabalhadores com menos de três meses de cadastro em plataformas de aplicativos e essa mesma porcentagem para os demais trabalhadores cadastrados, além de 10% para taxistas.

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