José Carlos acionou o MPES para obter informações sobre demanda e busca por matrículas
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) foi demandado pela comunidade escolar do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Jacy Alves Fraga, em Tabuazeiro, Vitória, para solicitar à gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) informações sobre o número de estudantes que aguardam vagas para o tempo integral e a quantidade daqueles que não puderam estudar no tempo integral e precisaram serem transferidas de unidade de ensino.
Também são solicitadas informações sobre o que a prefeitura tem feito para garantir a locomoção das famílias de baixa renda que tiveram que matricular seus filhos em unidades de ensino de outros bairros quando foi anunciado o fim do tempo parcial no CMEI, pois não queriam ou não podiam colocar no integral.
A solicitação das informações foi feita após o MPES pedir que José Carlos se manifestasse a respeito das informações apresentadas pela Secretaria Municipal de Educação (Seme) sobre a unidade de ensino. Essas informações foram encaminhadas pela pasta devido à instauração de inquérito civil depois da realização do abaixo-assinado feito pela comunidade escolar reivindicando a criação de um CMEI em tempo parcial e/ou híbrido em Tabuazeiro.
As informações dadas pela prefeitura, aponta José Carlos, são insuficientes. No documento encaminhado ao MPES no início de janeiro, a Seme aponta, por exemplo, que “o CMEI possui crianças provenientes de cinco bairros do município. Porém, das 169 crianças que poderão dar continuidade ao seu processo de escolarização em 2024, 139 (82,24%) são moradores de Tabuazeiro, bairro de localização da unidade de ensino”.
Obras
Histórico
Em 2023, a Seme anunciou que no ano seguinte o CMEI passaria a ser de tempo integral. Contudo, a comunidade foi pega de surpresa, na semana do retorno às aulas, com um comunicado de que a unidade de ensino não mais ofertaria o tempo integral no primeiro semestre. O período parcial foi mantido neste semestre, pois as obras da nova escola não foram concluídas, portanto, o integral será implementado somente em julho.
A oferta de aulas em período integral foi questionada pela comunidade escolar no final de 2023, que apontou falta de diálogo quanto à decisão e reivindicou a possibilidade de manutenção do parcial nos turnos matutino e vespertino. Diante da mobilização, a Seme anunciou que os estudantes teriam a opção de se matricular no modelo parcial, somente no horário da manhã, que seria oferecido junto com o integral no novo prédio construído para abrigar a unidade de ensino. Conforme divulgado pela pasta na ocasião, seria adotada uma transição, ou seja, novos alunos não poderiam se matricular no parcial, somente os que já estudam no CMEI. Assim, com o passar do tempo, as turmas iriam diminuindo, restando somente a opção pelo período integral.