A greve geral marcada para a próxima quinta-feira (11) teve ampla adesão de entidades sindicais do Estado, que vão parar as atividades por 24 horas como parte da pauta da classe trabalhadora. Por conta da paralisação, instituições também suspenderam o expediente.
O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) decidiu aderir à greve geral em assembleia realizada na sexta-feira (5), unificando todas as entidades que estão na base do sindicato.
Os policiais civis do Estado também vão participar do movimento. A paralisação – exceto de serviços essenciais – acontece de 8 às 18 horas de quinta-feira, quando os policiais realizam uma assembleia geral extraordinária para discutir a pauta de reivindicações que passa pelo realinhamento salarial; pela aposentadoria especial com integralidade e paridade; incorporação da escala especial; e pelos precatórios.
Já o Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES) vai paralisar as atividades à meia noite de quinta-feira, por 24 horas. Os ônibus sequer devem sair das garagens das empresas, adverte o sindicato.
Por conta da paralisação dos rodoviários, o Sindicato dos Comerciários do Estado (Sindicomerciários) emitiu um comunicado pedindo a compreensão de todo o segmento do comércio do Estado no sentido de liberar os funcionários na quinta-feira, já que como também vai estar parado o setor de transporte público, o deslocamento dos trabalhadores do comércio pode gerar transtornos.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), representante de boa parte das entidades sindicais do Estado, se junta ao movimento nacional nesta quinta, assim como os sindicatos por ela representados. São sindicatos filiados à CUT, além do Sindicomerciários, o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado (Sindimetal-ES); o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintraconst-ES); o Sindicato dos Bancários; e o Sindicato dos Trabalhadores em Alimentação (Sindialimentação-ES). A CUT estima que 1 milhão de trabalhadores devam parar na quinta-feira.
O objetivo do protesto do dia 11 em nível nacional e que vai ser adotada pela CUT no Estado é cobrar a implementação da pauta trabalhista que defenda a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanai; o fim do fator previdenciário; a regulamentação da terceirização; a reforma agrária e mais investimentos nos serviços públicos. O movimento também é endossado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Um dos itens da pauta de reivindicações é a derrubara do projeto de lei (PL) 4330/2004, que permite a terceirização indiscriminada. O projeto retira direitos dos trabalhadores brasileiros e precariza ainda mais as relações de trabalho no Brasil.
Os professores da rede pública também vão se unir aos protestos. o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes) está mobilizando a categoria para ir às ruas cobrar melhorias emergenciais na educação. A entidade alega que as reivindicações não estão deslocadas dos protestos atuais que de multiplicam pelo país.
Os dentistas, representados pelo Sindicato dos Odontologistas do Estado (Sinodonto-ES), também decidiram paralisar o atendimento odontológico público nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana nesta quinta-feira. Cerca de 500 cirurgiões-dentistas atendem na rede pública desses municípios.
A categoria tem uma pauta de reivindicações que inclui aprovação do piso salarial nacional; condições dignas de atendimento à população no serviço público; e contra os valores vergonhosos pagos planos pelos planos de saúde.
Por conta da greve geral de quinta-feira foi suspenso o expediente no Tribunal de Justiça do Estado (TJES) e no Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-ES).