Coronel Ramalho mostra mais estratégias: ele, o candidato legítimo da direita; Arnaldinho, da esquerda
Ele, o candidato legítimo da direita, chancelado pelo PL e o ex-presidente Jair Bolsonaro. O adversário, situado em campo contrário, ligado à esquerda. Esse é mais um enredo de campanha que o ex-secretário estadual de Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, tentará emplacar em Vila Velha contra o prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), seu principal adversário na eleição deste ano. A estratégia, que fala com um eleitorado amplo no município, já começou a ser colocada em prática, como mostra vídeo publicado por ele nas redes sociais, em que une trecho de uma entrevista concedida ao Estúdio 360 com imagens de atuação como secretário e coronel, devidamente uniformizado, temido e imponente, em operações, prisões e abordagens na rua. A tentativa de colar a imagem de Arnaldinho à esquerda tem origem, na declaração do ex-secretário, no apoio conhecido e declarado do governador Renato Casagrande, do PSB, que integra o arco nacional do PT. Até porque, o próprio Arnaldinho não tem essa marca e está situado, no máximo, na centro-direita. Soma-se a essa investida, a propagação de seu “histórico e currículo” na Segurança Pública, para se mostrar como capaz de promover um “choque de ordem” no município, em uma área de forte apelo popular. Ramalho também não deixou de fazer críticas às máquinas, já que serão duas – municipal e estadual – a enfrentar em outubro. O discurso, não há como negar, considerando as disputas passadas, agrada ao eleitorado canela-verde. Mas resta saber se a ponto de derrubar Arnaldinho, que tem um terreno bem delimitado e não economiza em mostrar serviço e obras.
Vai que cola II…
No caso da Segurança, Ramalho cita duas passagens pela Sesp e ainda pelas secretarias municipais de Vila Velha e Viana. Ele reivindica para si, ainda, resultados favoráveis da pasta estadual divulgados já sob o comando do seu sucessor, Eugênio Ricas.
Nananinanão
A propósito, falta perguntar ao eleitorado de esquerda se Arnaldinho o representa em Vila Velha? “Jamé” deverá ser a resposta.
Palanque
Do ponto de vista partidário, tem corrente no PT que não descarta um possível apoio ao prefeito, para impedir a vitória do projeto bolsonarista e fortalecer o projeto prioritário de ocupar espaços na Câmara. Mas, hoje, o debate gira em torno das possíveis candidaturas do ex-vereador João Batista Babá e do economista Edinho Wilson.
PP x PL
Arnaldinho, vale lembrar, é peça principal de movimentos que tentam o levar para o PP, feitos pelos deputados federais Da Vitória e Evair de Melo. Um dos pontos de convencimento passam justamente pela ideologia partidária, que atenderia mais ao projeto do prefeito de derrotar Ramalho e o PL.
Plano próprio
Ainda no município, o ex-prefeito Max Filho, que seria candidato novamente este ano, pelo PDT, mas pisou no freio por conta de saúde do seu pai, o ex-governador Max Mauro, publicou nas redes sociais a visita do ex-vereador Maurício Gorza, exaltando qualidades e parceria. O registro vem na esteira do nome de Gorza ser inserido no mercado político pelo próprio Max, que o defende como candidato em seu lugar.
Plano próprio II
Max ainda está no PSDB e Gorza também é filiado. A proposta do palanque seria, portanto, pela legenda. Acontece que o ninho tucano não fez, até agora, qualquer respiro nesse sentido, e deve fechar com Arnaldinho. O PDT segue a mesma lógica.
Ninguém
A bancada capixaba na Câmara Federal passa por fora do movimento de profusão de candidatos para as eleições majoritárias deste ano. Levantamento do Estadão indica, até agora, 96 candidaturas em 66 cidades, principalmente do PT, do presidente Lula, e do PL, de Bolsonaro, sinalizando a repetição da nacionalização dos últimos pleitos.
Talvez?
Dos dez parlamentares do Estado, ninguém é pré-candidato, nem dessas duas legendas nem das outras. Gilvan da Federal (PL) é o único que aparece na lista, como “talvez”. A declaração, feita pelo próprio deputado, pode ser apenas para valorizar seu passe ou se colocar como Plano B, caso Capitão Assumção sofra algum revés na Justiça.
Nas redes
“(…) o que está presente nas areias das praias de nossa Capital é minério, embora a versão fantasiosa de que as manchas pretas seriam ‘areia monazítica’ ainda insista em aparecer (…)”. André Moreira, vereador pelo Psol, sobre estudo reiterado no plenário da Câmara de Vitória nesta semana.
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Agora sim, ‘batizado’
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