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Servidores do Ifes entram em greve a partir da próxima terça-feira no Estado

Movimento será em todos os campi do Estado. No mesmo dia, professores da Ufes debatem paralisação

Os servidores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) decidiram entrar em greve a partir da próxima terça-feira (9). A decisão foi tomada pelos técnico-administrativos e docentes em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (4). A data de início atende ao prazo estabelecido por lei, que é de começar o movimento grevista somente 72 horas após a decisão de deflagração. A greve é para todos os campi da instituição de ensino no Espírito Santo.

O diretor do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe – Seção Sindical Ifes), Marcus Podestá, informa que somente na terça será possível ter uma dimensão da adesão dos trabalhadores em território capixaba. Ele acredita que, como a categoria é muito grande, não haverá uma adesão maciça logo de imediato, mas que com o passar do tempo, o movimento vai ganhar mais força.  

As reivindicações dos trabalhadores são recomposição salarial, reestruturação de carreira para os técnico-administrativos e recomposição orçamentária e de pessoal. A defasagem salarial dos técnicos é de 34% e a dos docentes, de 22%. Os servidores reivindicam reajuste salarial equivalente a essas porcentagens. Marcus destaca que os trabalhadores estão abertos à negociação, mas não aceitam 0% de reajuste em 2024 e 2,5% em 2025 mais 2,5% em 2026, que é a proposta do Governo Federal.

A reestruturação da carreira dos técnicos tem como um dos objetivos pôr fim a distorções e sugere a unificação dos níveis. Marcus exemplifica com os níveis B, referente aos servidores com ensino fundamental, e C, que abarca os de nível médio. Ele explica que as funções a serem exercidas são as mesmas, mas os salários, diferentes. Nesse caso, a sugestão é unificar os níveis e manter, para todos, o salário de nível médio.
A greve dos servidores do Ifes inicia justamente no dia em que os professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) decidirão em assembleia se aderem ao movimento paredista a partir de 15 de abril, como fizeram os técnico-administrativos da universidade, que estão em greve desde 13 de março.
Com a adesão dos técnicos e docentes do Ifes, das categorias que compõem o funcionalismo público da educação federal no Estado, falta somente os docentes da Ufes decidirem de fato pela realização da greve, mas ao que tudo indica, o caminho também será a opção pelo movimento paredista. Isso porque estão em indicativo de greve, já aprovado em assembleia da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) e na plenária do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
A reivindicação dos docentes da Ufes é de 22,71% de reajuste salarial em três parcelas iguais de 7,06%, nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026. Contudo, o Governo Federal sinalizou que não atenderá à pauta este ano. Outra reivindicação não atendida foi a realização do “revogaço” das medidas do Governo Bolsonaro, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, que trata da reforma administrativa, que ainda tramita no Congresso Nacional. Os docentes também reivindicam a reestruturação de suas carreiras.
Soma-se a esse cenário, segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), a precarização das condições de trabalho e o subfinanciamento das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica, já que estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que 100% das universidades federais receberam, entre 2010 e 2022, valores inferiores ao necessário para manter o patamar de despesas por matrículas.
Os técnico-administrativos da Ufes, por sua vez, reivindicam reajuste salarial de 34,32%, divididos em cerca de 10% nos anos de 2024, 2025 e 2026. Contudo, o Governo Federal não sinalizou possibilidade de reajuste para o ano de 2024 e acenou para um reajuste de 4,5% nos anos de 2025 e 2026. Os servidores também reivindicam reestruturação da carreira, já que vários cargos foram extintos, o que impossibilita a realização de concurso público.


Servidores do Ifes sinalizam greve para o início de abril

Indicativo foi aprovado em plenária nacional. No Espírito Santo, uma assembleia vai discutir a decisão


https://www.seculodiario.com.br/educacao/servidores-do-ifes-sinalizam-greve-para-o-inicio-de-abril

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