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Indigestão política

Não desceu bem, para todos os lados, encontro entre Arnaldinho Borgo e Gilvan da Federal em Vila Velha…

Redes Sociais

Não desceu bem, para todos os lados, um encontro entre o prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos), e o deputado federal Gilvan da Federal (PL) na última sexta-feira (19). Com clima amistoso revelado em imagens nas redes sociais, o cenário era de uma visita de Gilvan e assessores ao Centro Operacional da Guarda, devidamente registrado por Arnaldinho, com a seguinte legenda: “o deputado destinou R$ 1,2 milhão em emenda para reforçar a Segurança do município. Integração que agora funciona, construindo juntos, uma cidade mais segura para todos”. O prefeito cita Gilvan e marca três vereadores: o aliado e cotado a vice em sua chapa, Bruno Lorenzutti (MDB), que preside a Câmara, Leo Pindoba (Podemos) e Romulo Lacerda – este último, também bolsonarista ligado ao grupo de Gilvan. A presença em especial do deputado, liderança atuante e barulhenta desse bloco no Estado, gerou insatisfação no PL municipal, que trabalha a campanha do hoje principal adversário de Arnaldinho, o coronel Alexandre Ramalho. O deputado publicou um vídeo próprio, junto com o assessor Fábio Pontes, em que alega ter ido visitar a sede da Guarda, exaltando os operadores de segurança, e, “posteriormente, chegou o prefeito”. Arnaldinho também não passou batido e recebeu cobranças nas redes sociais, por se aproximar da extrema direita. Respondeu que “vocês não me elegeram para que eu brigue com as pessoas”, além de usar argumentos como “união” e “diálogo”. O prefeito, vale lembrar, queria atrair o PL para a sua “frente ampla”, mas antes mesmo do “fator Ramalho”, o aceno já havia sido rejeitado. Não tem para onde correr, a guerra eleitoral no município está posta.

Atrás dos votos
Arnaldinho, como se sabe, é o palanque do governador Renato Casagrande (PSB), quem Gilvan e os bolsonaristas do Estado fazem oposição ferrenha. Em Vila Velha, a aliança é explorada para cravar no prefeito a marca de representante da esquerda, na tentativa de tirar dele as fatias do amplo eleitorado conservador e de direita que predomina no município. Se vai colar, veremos adiante!

‘Frente ampla’
A propósito, o nanico Partido da Mulher Brasileira (PMB) também aderiu ao palanque de Arnaldinho, somando-se ao Republicanos, MDB, União Brasil, Novo e o PSB. A conta vai aumentar e deve ultrapassar dez legendas.

Ação prática
Em Vitória, a deputada estadual Camila Valadão (Psol), que vez ou outra tem sua pré-candidatura à Prefeitura de Vitória colocada em dúvida, deu um passo largo na direção das eleições deste ano. Ela contratou a empresa Persona para planejar sua estratégia de campanha. Quem está à frente é o cientista social João Gualberto.

Ação prática II
A primeira reunião foi realizada nessa sexta-feira, com a presença ainda da também cientista social Maria Vitória Rodrigues. “Queremos apresentar para a cidade uma plataforma política alinhada as demandas da população da Capital”, garante Camila.

Mais do mesmo
Também se movimentaram os candidatos que tentam consolidar uma terceira via contra o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). O ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) voltou a se reunir com o deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB). Reafirmaram, na presença ainda do presidente estadual do ninho tucano do Estado, Vandinho Leite, o compromisso de caminharem juntos na eleição.

Mais do mesmo II
Para selar novamente a aliança, repetiram o discurso de que Vitória precisa “voltar a ser protagonista da sua história, e sair, de uma vez por todas, do isolamento que se encontra”. Nada de novo, e a definição do cabeça de chapa do grupo, que é bom…

Esquerda
Em meio a nomes que se movimentam na direita e centro-direita no município de Colatina, noroeste do Estado, o Psol anuncia a pré-candidatura da professora Renata Marquesini, que atua na rede municipal. O partido diz que fará plenária nos bairros e com categorias e segmentos sociais”. A chapa à Câmara de Vereadores ainda não foi fechada.

Tabuleiro
No mesmo campo do Psol, a liderança do PT que aparece, de novo, é o ex-deputado Genivaldo Lievore. Nos campos opostos, se movimentam o prefeito, Guerino Balestrassi (MDB), Luciano Merlo (PL), Renzo Vasconcelos (PSD) e Vinícius Bragatto (Novo).

Nas redes
“(…) temos um prefeito egoísta que se coloca acima das pessoas e da nossa Vitória. Por autoritarismo e arrogância, ele fecha as portas para os investimentos estaduais e federais. Quem perde com isso é você. Sua família. Seu bairro. Quem perde com a atual administração somos todos nós, moradores e moradoras de Vitória. E isso tem que mudar! (…)”. João Coser, deputado pelo PT, em mais uma demonstração do tom que marcará sua campanha à prefeitura.

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Vai que cola…

Coronel Ramalho mostra mais estratégias: ele, o candidato legítimo da direita; Arnaldinho, da esquerda


https://www.seculodiario.com.br/socioeconomicas/vai-que-cola-1-1

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