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Diego Libardi deixa secretaria em Vitória visando Prefeitura de Cachoeiro

Pré-candidato tem acordo com Allan Ferreira e Bruno Resende, mas há indícios de afastamento

Reprodução/Redes Sociais

O advogado Diego Libardi (Republicanos) deixou seu cargo de secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho de Vitória visando a disputa à Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. Ele foi substituído interinamente no cargo por Flavia Alves de Souza Simões, conforme publicação no Diário Oficial.

O agora ex-secretário tem um acordo com outros pré-candidatos a prefeito de Cachoeiro, em um grupo composto pelos deputados estaduais Allan Ferreira (Podemos) e Dr. Bruno Resende (União), além da ex-secretária de Desenvolvimento Social de Cachoeiro, Márcia Bezerra (PRD). A ideia é que apenas um deles lidere uma chapa na disputa majoritária, mas há indícios de um afastamento de Libardi do grupo.

Em 2020, Diego Libardi se candidatou a prefeito de Cachoeiro pelo extinto Democratas (DEM), com o apoio de peso do deputado estadual e ex-prefeito em quatro mandatos Theodorico Ferraço – hoje presidente do Progressistas (PP) – e de seu atual partido, o Republicanos. Conseguiu o segundo lugar, com 17,2 mil votos, e, apesar de ter ficado bem distante do reeleito Victor Coelho (PSB), desbancou outros concorrentes mais conhecidos.

Entretanto, depois das eleições, Diego Libardi e Ferraço romperam. Allan Ferreira e Bruno Resende, por sua vez, têm buscados se aproximar do ex-prefeito. Além disso, os dois deputados estaduais são da base do governador Renato Casagrande (PSB), enquanto Libardi era chefiado, até poucos dias atrás, pelo prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini (Republicanos), um adversário de Casagrande.

O próprio fato de Libardi ter se desincompatibilizado do cargo público com antecedência, tendo em vista que o prazo para fazê-lo é até junho, indica que ele pretende articular sua candidatura em qualquer cenário. Enquanto isso, Allan Ferreira e Ferraço teriam sido apontados como os preferidos dos eleitores cachoeirenses, em uma pesquisa realizada pela Direta Propaganda e Eventos (ES-05820/2024) no início deste mês.

Ferreira, entretanto, negou que tenha havido algum tipo de racha no grupo, em entrevista ao podcast local – Bettacast – na semana passada. “Eu, Bruno e Diego… continua a mesma coisa, mesmo que tentem de todas as formas nos separar, nos puxar um pra lá, outro pra cá. O projeto nosso, a nossa conversa, sempre foi sem vaidade. A gente tem várias outras situações, não é só pesquisa. A gente tem que ver os prós e os contras, por que sim, por que não, quem agrega lá, enfim, tudo isso vai ser debatido mais na frente”, comentou.

Articulações na disputa majoritária

Atualmente, Cachoeiro tem apenas dois pré-candidatos a prefeito já confirmados. Um deles é o ex-prefeito petista Carlos Casteglione, confirmado pela Federação Brasil da Esperança – formada por Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV). A federação formada por Rede Sustentabilidade e Partido Socialismo e Liberdade (Psol) também declarou apoio a Casteglione.

O outro pré-candidato já anunciado é o vereador Léo Camargo. Inicialmente, sua pretensão era tentar se reeleger como o parlamentar mais votado de Cachoeiro, mas acabou herdando a vaga do Partido Liberal (PL) na disputa majoritária do também vereador Júnior Corrêa, que anunciou que deixaria a política para tentar se tornar padre.

Após o conflito com o senador Magno Malta, porém, Corrêa também decidiu deixar de vez o PL e se filiar ao Novo, que tem se articulado como o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o Progressitas (PP). Theodorico Ferraço e a sua esposa, a ex-deputada federal e ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub (PP), além do empresário Tales Pena Machado, são os nomes cotados no momento para representar esse grupo.

No campo governista, o prefeito Victor Coelho, que não poderá tentar a reeleição, deverá apoiar como pré-candidata a prefeita Lorena Vasques (PSB), secretária municipal das pastas de Obras e Manutenção e Serviços de sua gestão.

Câmara de Vereadores

As articulações visando vagas na Câmara de Vereadores de Cachoeiro também se intensificam. Nas últimas semanas, o partido Novo anunciou, em suas redes sociais, cinco pré-candidatos na disputa proporcional: Antônio Curty, Rogério Ribeiro, Felipe Pimenta, Alexandre Cardoso e Felipe Butina.

No início do mês, três secretários municipais também deixaram seus cargos visando as eleições: Roselane de Araújo e Carlinhos Miranda (ambos do PSB) e Ramon Silveira (PSDB). Desses, apenas Carlinhos já ocupou uma cadeira da Câmara anteriormente.

Na esquerda, a Federação Brasil da Esperança tem como pré-candidatos a vereador Neia do Sindilimpe, Jean Carlos Milhorato, Elisangela Altoé, Jéssica Gillo, Edmar Pena, Paulo Poian, Geovane Roberto e Neia Passos, do PT; Maria Aparecida Costa Tomaz, Michel e Marcus Gaspar, do PCdoB; e Romário do PV. O Psol, por sua vez, tem apostado na candidatura da ativista trans Agatha Benks.

Dos atuais vereadores, apenas Júnior Corrêa e Léo Camargo não deverão tentar a reeleição. A lista de parlamentares cachoeirenses inclui: Alexandre de Itaoca (PSB); Brás Zagotto, Paulinho Careca e Paulo Grola (Podemos); Delandi Macedo, Vandinho da Padaria, Léo Cabeça e Ely Escarpini (PSDB); Arildo Boleba, Sando Irmão, Diogo Lube e Rodrigo Sandi (PDT); Chupeta e Ary Corrêa (Republicanos); Mestre Gelinho (PL).

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