Empresário Léo Português, apoiado por Fabrício Petri, será lançado oficialmente nesta quarta-feira
O município de Anchieta, no litoral sul do Estado, conta atualmente com, pelo menos, nove pessoas apontadas como pré-candidatas a prefeito para as eleições de outubro deste ano, e o número só cresce. Apesar disso, Léo Português (PSB), o nome indicado pela gestão do atual prefeito Fabrício Petri (PSB), aposta em uma polarização no pleito municipal.
“Toda eleição tem uma tendência de polarização. Em Anchieta, não será diferente: ficará polarizado entre o nosso grupo e o do [ex-prefeito] Marquinhos Assad [Podemos]”, afirma Léo Português, que será lançado oficialmente nesta quarta-feira (22), às 18h, em um evento na Vila Samarco, onde também serão apresentados os pré-candidatos a vereador do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Leonardo Antônio Abrantes, seu nome de registro, é empresário. Sua família ficou conhecida pelo “pastel do Português”, que era feito por seu pai, de quem acabou herdando o apelido. Ele foi vereador em Anchieta de 2005 a 2008, e ficou como suplente no pleito em que tentou se reeleger.
O ex-vereador afirma que está há 20 anos no grupo de Fabrício Petri, filho de Edival Petri, que governou Anchieta em três mandatos. Léo Português deixou a Secretaria de Governo para se dedicar à campanha, mas já ocupou as pastas de Turismo e Infraestrutura e Obras, e também atuou como gerente na pasta de Segurança – cargos ocupados tanto no mandato de Fabrício quanto nos de Edival. “Já provei meu comprometimento e minha importância no grupo”, ressalta.
Entre os partidos com os quais ele tem conversado estão Rede Sustentabilidade, Progressistas (PP), Partido Social Democrático (PSD) e Partido Renovação Democrática (PRD). Léo também dialoga com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do vice-governador Ricardo Ferraço – o governador Renato Casagrande (PSB) é seu colega de partido e apoia a atual gestão municipal em Anchieta.
Apesar disso, o vereador Edinho, que está no do MDB, “seguindo orientações” de Ricardo Ferraço, também se colocou como pré-candidato a prefeito na semana passada. “Eu e Edinho estamos conversando muito para a gente caminhar juntos”, contrapõe Léo.
Nomes no mercado
O vereador Edinho “É Demais” – slogan que adotou em seu registro eleitoral – afirma que tem conversas com Léo Português e com o seu opositor, Marquinhos Assad. Formado em Artes Cênicas, Edinho está em seu terceiro mandato na Câmara de Anchieta, que também presidiu em três oportunidades. Ele ocupou secretarias municipais na gestão do atual prefeito e na de seu pai.
Marquinhos Assad, por sua vez, é ex-vereador e foi prefeito de Anchieta de 2013 a 2016. Nas eleições municipais de 2016, quando tentava a reeleição, perdeu para Fabrício Petri. Em 2020, ficou em segundo lugar, sendo derrotado novamente por Petri.
No último dia 1º de maio, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) lançou, oficialmente, a pré-candidatura a prefeito de Geovane Meneguelle. Ex-vereador por três mandatos, de 2009 a 2020, Meneguelle também foi candidato a prefeito em 2020, pelo Avante, quando ficou em terceiro lugar. Atualmente, é chefe de gabinete do deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB), vice-líder de governo na Assembleia Legislativa.
No evento de lançamento de Meneguelle, um outro pré-candidato a prefeito marcou presença: o vereador Renato Lorencini, que chegou a ser cogitado como um possível nome governista. Em março, Lorencini, que está no segundo mandato, migrou do PSB para o União Brasil. Atualmente, Renato e Geovane discutem a possibilidade de uma chapa que represente uma terceira via no município, mas não há definição sobre quem lideraria a composição, e nenhum dos dois aparenta ter intenção de entrar como vice.
Outros pré-candidatos a prefeito mencionados em Anchieta são o Coronel Leonardo Marchesi (PP); o advogado e ex-controlador-geral de Piúma Luiz Mattos (PL); o diretor do Instituto de Previdência dos Servidores de Anchieta (Ipasa), Dirceu Porto de Mattos (do PSB, apesar de o partido já ter Léo como pré-candidato); e o ex-vice-prefeito Amarildo Calenzani (PSD).