Diretor-presidente do DER e ex-deputado estadual só aguarda uma conversa para anunciar o palanque
Esgotado o tempo para viabilizar a pré-candidatura à Prefeitura de São Mateus, norte do Estado, do ex-prefeito Amadeu Boroto, tornado inelegível pela Justiça Eleitoral, o nome do ex-deputado estadual Eustáquio de Freitas (PSB), diretor-presidente do Departamento de Edificações e de Rodovias (DER), passa a ser apontado como o provável pré-candidato com o apoio do governador Renato Casagrande, figura maior do seu partido no Estado.
Notícias que correm no mercado político dão conta de que o ex-prefeito desistiu de concorrer, viabilizando a junção do PSB, PSDB, União (a se confirmar a filiação do deputado estadual Marcelo Santos, de saída do Podemos), e ainda o MDB, que recentemente filiou Amadeu Boroto, em articulações comandadas pelo vice-governador, Ricardo Ferraço, presidente estadual do partido.
Freitas tem se reunido com lideranças e busca o apoio de Casagrande, de quem só aguarda uma conversa para anunciar a pré-candidatura. Nesse final de semana, o ex-deputado fez parte da comitiva do governador em eventos de entrega de obras em sua região, e nesta semana poderá haver a confirmação, a tempo de ele se desincompatibilizar do cargo público que ocupa desde abril de 2023, para atender às exigências da Justiça Eleitoral.
A pré-candidatura desse bloco – Freitas ou outro nome – vai concorrer com nomes já colocados no mercado, entre eles o empresário Marcus Batista, conhecido como Marcus Cozivip, filiado há pouco tempo ao Podemos, o radialista Carlinhos Lyrio (Republicanos), a professora Zenilza Pauli, militante do PT, que estreia em disputa eleitoral, e Henrique Folador (PDT).
O ex-prefeito Amadeu Boroto iniciou os movimentos para viabilizar seu retorno à Prefeitura de São Mateus no início deste ano, quando assumiu a presidência local do MDB, contestada por emedebistas, em estratégia montada pelo vice-governador. O nome alvoroçou o cenário por ele ter exercido dois mandatos de prefeito, de 2009 a 2016, e ser denunciado por irregularidades nas contas, tornando-se inelegível.
Em 2019, ele impetrou recurso, ainda não definido, abrindo a possibilidade de concorrer, sub judice. Boroto foi condenado a devolver R$ 823,1 mil aos cofres públicos, decorrente de uma ação por improbidade administrativa, quando prefeito, o que inviabiliza sua tentativa de retornar ao cargo.