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Conversa de Coser com Casagrande só rende uma foto em redes sociais

Registro que circula nas redes sociais não tem qualquer sinal de comprometimento para a campanha 

Uma foto com ambos sorridentes em redes sociais e a legenda “aquele que tem a capacidade de dialogar constrói pontes, firma parcerias e nunca está sozinho”, emoldurado com o título “Esse é o meu futuro prefeito de Vitória”. Esse foi o resultado da conversa entre o pré-candidato do PT à Prefeitura de Vitória, João Coser, e o governador Renato Casagrande (PSB), nessa sexta-feira (7).

O encontro, realizado no Palácio Anchieta, levou Coser a cancelar outro, com o ex-pré-candidato ao mesmo cargo pelo PDT, Sergio Masjeski, que, à noite, divulgou live espinafrando o partido e os “políticos profissionais”, um recado direto aos dirigentes da legenda, em especial a Sergio Vidigal, prefeito da Serra, aliado de Casagrande.

A reunião de João com Casagrande adiou uma conversa que ele teria com Majeski, que passa a ser importante para o pré-candidato do PT, levando em conta o posicionamento do governador, restrito a um foto, o que confirma análise do pré-candidato do partido à Prefeitura de Vila Velha, o ex-vereador João Batista Gagno Intra, o Babá:

“Eu acho que Casagrande não vai apoiar os nossos candidatos, nem eu nem o PT, da mesma forma que ele não apoiou Lula. Ele vai fazer um movimento circunstancial, bem à distância (…)”.


Como nas eleições de 2022, Casagrande mantém esse posicionamento circunstancial e se empenha na pré-candidatura do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PDB), por meio de interlocutores mais próximos, o vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), e o deputado estadual Tyago Hoffmann, do seu partido.

A escolha de Luiz Paulo, agora o pré-candidato do bloco de centro-direita, formado pelo PSDB-Cidadania, PSD, PSB, União Brasil e MDB para disputar a Prefeitura de Vitória nas eleições de 6 de outubro, foi viabilizada no último dia 4, por conta da desistência do deputado Fabrício Gandini (PSD), que não encontrou espaço para avançar. 

Já Sergio Mjeski, que na quinta-feira (5) divulgou carta renunciando à pré-candidatura a prefeito de Vitória, na live faz um histórico sobre sua atuação tanto na política como no magistério, destacando que “não existe solução ou outro caminho fora da política”, mas sem o conhecido “toma lá, da cá!”. Lembrou seus dois mandatos, bem avaliados, de deputado estadual, e os boicotes de que foi alvo ao tentar viabilizar o nome para concorrer ao Senado, em 2018, e à Prefeitura de Vitória, em 2020.

Na tentativa ao Senado, ainda no PSB, ele foi barrado pela direção do partido, depois de conversas, segundo ele explica, entre Casagrande e outros partidos, incluindo o do senador Magno Malta, que resultou na substituição do seu nome pelo técnico em segurança pública Marcos do Val. Eleito, deixou o PSB e hoje no PL exerce um mandato cheio de polêmicas, envolvido em teorias da conspiração, fake news e às voltas com operações policiais, com risco de ser condenado judicialmente por tentativa de golpe de Estado

O cenário é cada mais polarizado entre João Coser e o prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos), atuante no campo da direita, que compete, na mesma ala, com o deputado estadual Capitão Assumção (PL). Pela esquerda, há a deputada estadual Camila Valadão (Psol), que nessa sexta-feira lançou a plataforma de campanha “Outra Vitória Possível”, visando ampliar o campo de participação popular na elaboração de um projeto de governo.   

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