Dudu Vidigal afirma que apoio em Vitória “não passa, necessariamente”, por aliança na Serra
“Existe uma conversa, só que o partido se identifica mais com João Coser [PT], mas não tem nada definido ainda”. Com essa afirmação, o presidente estadual do PDT, Eduardo Vidigal, o Dudu, indica qual poderá ser o direcionamento a ser tomado em Vitória, no momento em que a legenda é colocada no topo da pirâmide política depois da desistência do ex-deputado estadual Sergio Majeski de disputar a prefeitura nas eleições de outubro.
Apesar de as conversas serem conduzidas pelo dirigente municipal de Vitória, Júnior Fialho, a direção estadual acompanha e participa das decisões, considerando que a cidade é a Capital do Estado e a segunda maior vitrine no contexto político do Espírito Santo. “Eu estou preocupado é com a minha chapa de vereadores”, comenta Fialho, que vem conversando com outros pré-candidatos.
Nessa terça-feira (11), o dirigente municipal de Vitória recebeu o pré-candidato Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), apontado como o mais próximo do círculo de poder do Palácio Anchieta, e se reúne ainda nesta semana com João Coser e Camila Valadão (Psol). “Os assessores me solicitaram, mas, ainda não tem data”, informou o dirigente, mas, algumas horas depois, reuniu-se com a deputada, que estava acompanhada do vereador de Vitória André Moreira, do seu partido, sem definir alianças.
Dudu Vidigal afirma que a o apoio do PDT em Vitória “não passa, necessariamente”, pela aliança com o Palácio Anchieta na Serra, reduto do seu pai, o atual prefeito, Sergio Vidigal, liderança mais importante da legenda no Estado. Vidigal desistiu da reeleição e lançou seu ex-chefe de gabinete, Weverson Meireles (PDT), que disputará com o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos), o vereador Igor Elson (PL) e o ex-deputado estadual Roberto Carlos (PT).
“Acredito que, com muitas candidaturas, possa ajudar o candidato da majoritária do PDT, mas infelizmente, ele não é conhecido”, diz Dudu, e enfatiza: “Sem Dr. Sergio ficamos à mercê”. No entanto, arremata que o pai atua nos bastidores em todo o Estado, apesar de não querer mais tentar a reeleição. “Vamos trabalhar pra tentar transferir votos”, garante.
A desistência de Sergio Majeski ocorreu há uma semana, um dia depois da escolha do ex-prefeito Luiz Paulo como pré-candidato de centro-direita, com a junção dos partidos PSDB-Cidadania, PSD, PSB, União Brasil e MDB.
Majeski divulgou carta renunciando à pré-candidatura a prefeito de Vitória e fez uma live em que apontou o histórico de sua atuação tanto na política como no magistério, destacando que “não existe solução ou outro caminho fora da política”, mas sem o conhecido “toma lá, da cá!”.