domingo, dezembro 22, 2024
26 C
Vitória
domingo, dezembro 22, 2024
domingo, dezembro 22, 2024

Leia Também:

​Professores da Ufes decidem pela continuidade da greve

Categoria alega não ter tido acesso à versão final da minuta do acordo com as propostas do governo

Os professores da Universidade Federal do Espírito (Ufes), em assembleia realizada nesta sexta-feira (21), decidiram pela permanência da greve, que já está prestes a entrar no terceiro mês. Os docentes fizeram uma avaliação do movimento grevista, com foco na análise das propostas do governo e, por fim, debateram as possibilidades de continuidade da greve ou de construção de uma saída coletiva pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes Sindicato Nacional).

Em vídeo divulgado nas redes sociais, a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Espírito Santo (Adufes), Ana Carolina Galvão, afirma que, quanto às propostas, “foi feita uma análise bastante crítica”, além de optarem pela não aceitação, por não terem uma versão final da minuta do acordo. 


Os docentes da Ufes reivindicam recomposição salarial de 22,71%, que pode ser dividida entre os anos de 2024, 2025 e 2026. A pauta inclui ainda o “revogaço” das medidas do Governo Bolsonaro, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, que trata da reforma administrativa, que ainda tramita no Congresso Nacional.


Na semana passada, as instituições federais de ensino se reuniram com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) para mais uma rodada de negociação. Apesar de o encontro ter sido considerado positivo pelos docentes, não foram discutidas questões relacionadas a reajuste salarial. Uma das promessas feitas pelo governo federal na reunião foi a revogação da Portaria 983, de novembro de 2020, que regulamenta as atividades dos professores do ensino básico, técnico e Tecnológico (EBTT), cujo resultado foi o aumento da carga horária mínima.

O governo também indicou que poderá revogar a Instrução Normativa 66, de setembro de 2022, que, na visão da categoria, dificulta a progressão múltipla, a qual ocorre quando há acúmulo de interstícios diferentes, nos quais não foram requeridas as progressões ou as promoções funcionais devidas. Segundo os ministérios, após revogar as normativas, deverão ser criados grupos de trabalho para a criação de novas regulamentações. Entretanto, o governo condicionou as mudanças ao encerramento da greve.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o Andes-SN classificou o encontro como positivo, dizendo que o governo “reconheceu a força da greve”. O sindicato afirmou também que cobrou do governo a criação de um grupo permanente de trabalho para discutir as questões da carreira. No fim de maio, a última proposta do governo federal, apresentada no dia 15 daquele mês, foi rejeitada em assembleia da Adufes. Os termos apresentados incluíram um reajuste salarial variável de 13,3% a 31,2% até 2026. Entretanto, os professores dizem não abrir mão de que haja algum percentual de reajuste já para este ano, e a gestão federal sinalizou apenas a partir do ano que vem.

Ifes

No Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), os técnico-administrativos em educação (TAEs) e professores votaram pela aprovação das últimas propostas do governo federal para encerrar a greve nas instituições federais de educação. A deliberação foi votada nessa terça-feira (18). A paralisação será encerrada definitivamente após plenária do Sinasefe nacional, marcada para sexta-feira e sábado (21 e 22). Uma nova assembleia do Sinasefe-Ifes está prevista para acontecer na próxima terça-feira (25).

Já o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Sintufes) deliberou pela continuidade da greve dos TAEs na universidade, em assembleia realizada na última sexta-feira (14). “A assembleia avaliou que o que o governo colocou na mesa de negociação foi fruto da luta, da greve que completou 90 dias em 13 de junho. E que, apesar de entender que o governo poderia (pode) melhorar o que oferece, houve sim avanços nas negociações em razão da força do movimento paredista”, divulgou o Sintufes.

Mais Lidas