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Debandada e recuos

Campanha de bolsonaristas contra veto de Casagrande só conseguiu cinco votos de partidos alinhados ao governo

Lucas S.Costa/Ales

Por dois meses, deputados estaduais de direita e bolsonaristas do Estado se concentraram em divulgar vídeos e cobranças para garantir a derrubada do veto do governador Renato Casagrande (PSB) ao projeto que criminaliza as ocupações de terras e retira direitos de famílias do campo e da cidade, investida propagada por esses grupos políticos em todo o País contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A meta era garantir que o resultado do placar esmagador em plenário para a aprovação da matéria, 22 x 3, fosse mantido ou, na pior das hipóteses, garantisse os 16 votos necessários para a derrubada. Foi por pouco – 14 -, mas a campanha não teve êxito. Dos parlamentares filiados a partidos alinhados ao governo estadual, apenas cinco se posicionaram na contramão do veto: Zé Preto (PP), Adilson Espindula (PSD), Dr. Bruno Resende (União), José Esmeraldo (PDT) e Lucas Scaramussa (Podemos). Outros quatro que ficaram nessa “sinuca de bico” recuaram e mudaram a posição em plenário, destacando agora a inconstitucionalidade – Mazinho dos Anjos (PSDB), Tyago Hoffmann e Dary Pagung, do PSB, e Denninho Silva (União). E teve gente que simplesmente faltou à sessão (sete ao todo), assim como também estava presente e nem votou – Theodorico Ferraço (PP). O bloco principal que tentou a derrubada do veto acabou concentrado no que já era óbvio, nas bancadas completas do PL e Republicanos (à exceção de Bispo Alves). A ausência mais notada, sem dúvida, foi a de Vandinho Leite (PSDB), autor de um projeto correlato na Casa e anexo à proposta votada em abril. Por essa, provavelmente, ninguém esperava…

Pularam fora
Os demais ausentes, além de Bispo Alves e Vandinho, foram Alexandre Xambinho e Allan Ferreira, do Podemos, Fabricio Gandini (PSD), Janete de Sá (PSB) e Raquel Lessa (PP).

Pularam fora II
Vandinho e Alexandre Xambinho publicaram nas redes sociais seus paradeiros: o primeiro apareceu em eventos com o governo em Santa Teresa (região serrana) e João Neiva, o outro em inauguração, também do governo, do restauro da Igreja dos Reis Magos, em Nova Almeida, Serra. Janete de Sá postou foto no Maranhão e Raquel Lessa em São Domingos do Norte.

Grupo dos 9
Já os votos pela derrubada foram de Callegari, Capitão Assumção, Danilo Bahiense e Lucas Polese, do PL; Alcântaro Filho, Hudsol Leal, Sergio Meneguelli e Pablo Muribeca, do Republicanos; e Coronel Weliton (PRD).

Trio
No bloco dos que votaram pela manutenção do veto, sete deputados, mantiveram sua posição anterior os únicos que tinham se manifestado contra o projeto, Camila Valadão (Psol) e Iriny Lopes e João Coser, do PT.

Fora de alcance
O presidente da Assembleia, Marcelo Santos (de saída do Podemos), se manteve “na boa” e se absteve, já que não é obrigado a votar.

Mistério…
Por falar em Coser, permanece no ar a incógnita do anúncio furado de denúncias “bombásticas” contra o prefeito de Vitória e seu adversário eleitoral, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Afinal, o que aconteceu nos bastidores para a desistência, depois de tanto barulho?

Mistério II…
O argumento de que a denúncia deixou de ser feita por conta da realização na Assembleia de uma sessão solene no mesmo dia e horário, nessa terça-feira (25), não convenceu. Mais um dia se passou, e nada também! Por ora, zero sinais de uma nova data. Cadê, Coser?! O povo quer saber…

Olha, olha…
Quem se lembra da diferença gritante de tratamento de Pazolini aos blocos do Centro de Vitória, que chegou a atuar para proibir, e do Kustelão, de Jardim Camburi, com toda estrutura garantida no Carnaval? Pois bem, tem mais: o prefeito sancionou nesta quarta, com pompa e circunstância, a lei que inclui o bloco no calendário oficial de eventos culturais na cidade. Nada contra o Kustelão, pelo contrário, mas não dá para passar batido!

Nas redes
“Hoje tivemos uma grande vitória no Plenário! O veto do governador ao Projeto de Lei 166/2023 foi mantido! Esse PL previa criminalizar pessoas que estão em áreas de ocupação, mas conseguimos garantir que isso não aconteça em nosso Estado! Sem dúvida, esse foi um dos temas mais difíceis que a Assembleia já enfrentou, mas permaneceu a decência e a defesa das garantias constitucionais!”. Camila Valadão, do Psol.

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