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Protesto em Vitória e ações no interior mobilizam 300 servidores estaduais

Funcionalismo pressiona governo por resposta a reivindicações; reunião acontece semana que vem

Sindipublicos

O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado (Sindipúblicos) realizou, nesta quarta-feira (10), um protesto no Centro de Vitória para pressionar o governo estadual a dar uma resposta à sua pauta de reivindicações. A ação mobilizou 300 servidores, segundo o sindicato, número que inclui a participação de profissionais do interior, que paralisaram seus serviços e acompanharam a manifestação de rua por meio de transmissão pela internet.

A concentração do ato teve início às 10h, em frente ao prédio em que fica a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), na avenida Governador Bley. Depois, os manifestantes seguiram em direção à Secretaria da Casa Civil (SCV), na rua 7 de Setembro, onde a manifestação foi encerrada por volta das 15h30.

Nesta sexta-feira (12), os servidores marcarão presença na audiência pública sobre o orçamento estadual de 2025, que acontecerá no auditório do Sicredi de Viana, na região metropolitana do Estado. O Sindipúblicos tem uma reunião agendada na Casa Civil na próxima segunda-feira (15), às 15h, e um encontro da comissão de mobilização para o dia posterior. Uma nova assembleia marcada para o dia 18 avaliará a resposta do governo e os rumos do movimento.

Os servidores estaduais estão em estado de greve desde o último dia 16 de maio. Na avaliação do funcionalismo, a gestão do governador Renato Casagrande não cumpriu com o compromisso de dar uma resposta formal à pauta protocolada. As reivindicações também foram reforçadas em reunião com o secretário de Estado da Casa Civil, Junior Abreu, realizada no último dia 17.

“Tudo vai depender da resposta dada na próxima reunião na Casa Civil. Poderemos continuar com os movimentos e até mesmo evoluir para uma greve, se a gente não tiver um posicionamento do governo”, explica a diretora de Assuntos Jurídicos do Sindipúblicos, Renata Setúbal.

A pauta dos trabalhadores contempla recomposição escalonada das perdas salariais, que chegam a 14,3%; reestruturação das carreiras extintas em vacância; auxílio-alimentação digno; revisão de planos de cargos e salários dos funcionários da ativa; e redução das disparidades salariais entre os níveis de escolaridades. O reajuste de 4,5%, aprovado no início de maio por unanimidade e em regime de urgência, é considerado insuficiente diante das perdas salariais.

Para as entidades representativas dos trabalhadores, há condições de oferecer um valor mais alto, tendo em vista que o Estado está em boas condições financeiras. Além disso, foi aprovado, no fim do ano passado, um reajuste bem maior para o governador e vice-governador (12%, somando 2024 e 2025); secretários (22%) e chefes de autarquias (quase 70%).

Outras pautas dos servidores do Poder Executivo incluem: pagamento dos precatórios da trimestralidade; reestruturação das carreiras técnicas do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), sem a unificação de cargos aprovada recentemente; e revogação da modificação da Lei do Teletrabalho e da lei do novo licenciamento ambiental.

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