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‘Não há lugar para amadores’ em campanha eleitoral, diz cientista político

Darlan Campos destaca que a profissionalização é “um caminho sem volta”

O cientista político Darlan Campos afirma que uma campanha eleitoral “é uma área muito complexa para ser deixada na mão de amadores”. O comentário é em resposta a questionamentos de Século Diário, feitos nesta quarta-feira (17), a três dias do início das convenções partidárias para escolha dos candidatos.

Deste sábado (20) até o próximo dia 5, serão realizadas as convenções para escolha de quem irá concorrer em 6 de outubro, no primeiro turno, e no dia 27 do mesmo mês, se houver segundo turno. Os partidos políticos se preparam para lançar suas campanhas, que poderão ir para as ruas a partir de 16 de agosto, segundo as normas estabelecidas pela Justiça Eleitoral.

Para Darlan, nesse período, o “marketing político é fundamental, porque faz toda essa análise do cenário e, a partir das pesquisas, traça a melhor estratégia. É como uma camisa que caiba no candidato. A gente está caminhando cada vez mais para campanhas profissionalizadas. E isso é um caminho sem volta”.

Ainda sobre essa questão, ele enfatiza: “Duas outras pessoas que eu acho que são essenciais em uma campanha, e tem que ser profissionais e não dá para o ‘primo’ do candidato fazer: contabilidade, hoje, cada vez mais, você pode ganhar a eleição e perder numa prestação de contas, atividade muito mais vistas pelos tribunais, e o advogado eleitoral, que vai fazer defesa de processos no âmbito judicial”.

O cientista político aponta que política é comunicação, sendo necessária ideia central. “Nós estamos falando de uma campanha de continuidade ou de oposição, estamos falando de um cenário de sucessão?”, pergunta, e complementa: “A partir disso, as estratégias de comunicação se colocam. Definidas, a comunicação coloca a estratégia na rua”.

Darlan destaca que não pode faltar, ainda, uma “consonância entre a mensagem central da campanha, seja na TV ou no rádio, mas cada um desses elementos com uma linguagem própria. A forma que eu falo na TV é diferente da que eu falo na internet, que é diferente da que eu falo no rádio, que é diferente quando eu estou na rua e no material impresso. São meios diferentes com uma mensagem única. Esse é o eixo central de qualquer campanha eleitoral, que não pode faltar”.

Ele complementa: “Toda campanha precisa de material de rua e nós estamos falando de ‘perfurite’, que é aquele adesivo que é colocado no fundo dos carros, ‘praguinha’ de peito, e material impresso, que eu acho fundamental, apesar do avanço do ambiente digital”.

“Poucas são as campanhas que podem se dedicar, única e exclusivamente, ao digital. O ideal é que toda campanha tenha um espaço de presencialidade, de materialidade; então, eu acho que material impresso é importante, especialmente quem vai dialogar com as classes D e E”, comenta Darlan.

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