Em meio a sinais de insatisfação com o PSD, Fabrício Gandini traça sua própria rota eleitoral
Meta desfeita
Ao assumir o posto em Vitória, caberia a Gandini atuar para tornar o partido mais forte no Estado nas eleições deste ano, justamente com as articulações e apoios às candidaturas majoritárias e proporcionais. Pontos reiterados em junho, quando anunciou o recuou do próprio palanque, no afunilamento do grupo que convergiu em torno do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Sair de cena assim, é para lá de sintomático.
Meta desfeita II
Gandini chegou ao PSD há pouco tempo, depois de ficar imprensado na Federação PSDB/Cidadania para os planos de tentar novamente a Prefeitura de Vitória, como em 2020. No final das contas, acabou imprensado de novo. O caminho atual de seu partido o coloca numa situação insustentável, já que é opositor a Pazolini.
Apoio revirado
Depois do anúncio de recuo da pré-candidatura, o clima indicava que Gandini e Luiz Paulo caminhariam juntos no pleito. Aí veio a convenção conjunta dos partidos do bloco e nada de Gandini, nada do PSD. Mesmo assim, Luiz Paulo garantia que estava tudo certo. O deputado foi sumindo, sumindo…e Renzo aparecendo, aparecendo, só que no campo oposto.
O martelo final
O anúncio oficial da aliança ainda não veio, mas como analisado aqui nas últimas colunas, dirigentes do PSD e do Republicanos parecem ter acertado todos os ponteiros, com reuniões e fotos nas redes sociais. Seguindo a lógica de Pazolini de deixar tudo para o fim do prazo, evitando de entrar no jogo logo, essa consolidação deve ficar para a próxima semana – dia 15 é o último suspiro.
Peso tucano
Por falar na Serra, a noiva cobiçada – PSDB – da reta final das convenções na Serra se rendeu ao ex-prefeito Audifax Barcelos (PP). Fica, assim, definida a vice, com a profissional da saúde Nilza Cordeiro, além de consolidar um peso na coligação, que vinha apenas com partidos nanicos: Agir, Avante e PMB. Lembrando: o PSDB é coligado com o Cidadania, e Audifax também quer atrair o Podemos.
Peso tucano II
O presidente estadual do PSDB, deputado estadual Vandinho Leite, como se sabe, vinha sendo cortejado por mais dois candidatos: o colega de plenário Muribeca e Weverson Meireles. No caso de Muribeca, o casamento com a vice da saúde seria de muito bom proveito, já que ele tem a área como principal bandeira. Mas…não foi desta vez!
No aguardo…
Em Vila Velha, apesar das contradições internas, o PP está nos braços do prefeito, Arnaldinho Borgo (Podemos), desde segunda-feira (5). Quem mais está curioso para ver os bolsonaristas na campanha que tem como marca forte o governador Renato Casagrande (PSB)? Dois deles chamarão mais atenção: o deputado federal Evair de Melo e o ex-prefeito Neucimar Fraga.
No aguardo II…
O candidato bolsonarista, coronel Alexandre Ramalho (PL), é o principal adversário do palanque, e pretendia caminhar com o PP, sem êxito. Ele tenta colar em Arnaldinho o título de “esquerdista”, pela presença do PSB e de Casagrande. O próprio Neucimar adorava mandar afagos públicos para Ramalho nas redes sociais. Vai ser interessante esse “mix”, hein?!
‘Do nada’…
A propósito, um nome que não aparecia nas movimentações no município está registrado no sistema da Justiça Eleitoral. Trata-se de Gabriel Ruy, do Mobiliza, para a disputa à prefeitura. Ele e empresário e tem como vice o advogado Marcelo Brasileiro, do mesmo partido. Gabriel Ruy disputou em 2020, para vereador, e em 2018, à Câmara Federal. Marcelo também já tentou uma cadeira no legislativo.
Nas redes
“(…) Dizer que vai resolver o problema da segurança pública no radinho, só funciona em campanha de marketing. Na vida real, o que funciona mesmo é diálogo, planejamento e boa gestão. O radinho é só para propaganda (…)”. Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), com a mira em Lorenzo Pazolini (Republicanos).
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