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Dois candidatos de Jerônimo Monteiro enfrentam pendências jurídicas

Thiago Bernardo tem problema em ata de convenção, e Wanderley precisa provar que está habilitado

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Dos quatro candidatos a prefeito de Jerônimo Monteiro, no sul do Estado, dois ainda precisam resolver pendências jurídicas do registro de suas candidaturas. Thiago Bernardo (Podemos) é questionado em relação à data de registro das atas das convenções da coligação partidária. Wanderley (Agir), por sua vez, tenta provar que está habilitado a se candidatar.

Professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Thiago Bernardo cumpre mandato de vereador atualmente. Ele se colocou na disputa majoritária deste ano representando a coligação “Desenvolvimento com Conhecimento”, que inclui Podemos e União Brasil. Entretanto, segundo intimação dessa quarta-feira (21), as convenções dos dois partidos ocorreram no último dia 3 de agosto e as atas foram registradas no dia 5, ou seja, após o prazo máximo de 24 horas.

A coligação recebeu prazo de três dias para contestação. Os problemas com a chapa majoritária podem respingar nas candidaturas dos dois partidos para a Câmara de Vereadores, tendo em vista que as convenções também definem quem entrará na disputa proporcional.

No caso de Wanderley, a Justiça Eleitoral o intimou a apresentar uma série de documentos: certidão criminal para fins eleitorais em 1º e 2º grau, comprovação de alfabetização, certidão de filiação partidária e certidão de quitação eleitoral.

A defesa de Wanderley encaminhou a documentação na última quarta-feira (21), um dia após o prazo final. No caso da certidão de quitação eleitoral, há uma ressalva, uma vez que, de acordo com o documento, ele não está quite – a argumentação do advogado é de que o período de suspensão dos direitos políticos do candidato se encerrou no último dia 15 de julho e a certidão está incorreta.

Há também pedidos de impugnação de Wanderley feitos pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e pela coligação “O Trabalho Não Para”, representada pelo candidato governista Zé Valério (PSD), que foi secretário municipal na gestão do atual prefeito, Sérgio Fonseca (PSD). Ex-presidente da Câmara de Vereadores, Wanderley foi condenado por improbidade administrativa em 2016 e chegou a ser preso em 2020.

Questionado sobre o assunto, Wanderley disse que o registro da candidatura é “o menor dos problemas”. “Minha sentença venceu em 15 de julho de 2024. Agora, eu não tenho problema com isso, não. Se chegar na última hora e não liberarem a minha candidatura, eu coloco o meu filho, que tem o mesmo nome que o meu, é só trocar o CPF. Meus eleitores me conhecem. A preferência que eu tenho de voto nas pesquisas não muda, não”, afirma.

Além desses, o ex-vereador Mitter Mayer (PP) também se registrou na disputa majoritária de Jerônimo Monteiro, sem coligação. Em 2022, foi o quarto candidato a deputado estadual mais votado no município.

Século Diário tentou contato com Thiago Bernardo, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

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