Antonio Emilio, da Suíça, disputa a Prefeitura de Nova Venécia. Nomes nas proporcionais são de Cuba, Coréia e Itália
Quatro candidatos no Espírito Santo integram a lista de 222 “gringos” das eleições de outubro deste ano. O levantamento, divulgado pelo jornal Estadão, reúne dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aponta nomes de 46 países distintos em 183 cidades brasileiras, entre elas Vila Velha, na região metropolitana; Nova Venécia e São Gabriel da Palha, no noroeste do Estado; e Domingos Martins, na região serrana. No caso capixaba, todos são naturalizados brasileiros.
O único que disputa um cargo majoritário é Antonio Emílio, da Suíça. Ele é o palanque do Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro e do senador Magno Malta, em Nova Venécia, na coligação “Mudança de Verdade”, com o PRTB, que indicou o vice, Sargento Silvani.
Os outros três candidatos da lista estão nas disputas proporcionais. Em Vila Velha, Sam Fiscal integra a chapa do Republicanos. Nascido na Coréia, ele é servidor público municipal e já tinha tentado se candidatar à Câmara de Vereadores em 2012, pelo então PSC, incorporado pelo Podemos.
O Republicanos integra a frente ampla do prefeito, Arnaldinho Borgo (Podemos), que conta ainda com PP, PDT, MDB, PRD, DC, Novo, PMB, Agir, PSB, União e PSD. A chapa da legenda é completa, com 22 candidatos ao legislativo.
Em São Gabriel da Palha, quem busca uma cadeira na Câmara é o Dr. Leonardo Cubano, do PL, que tem outros 13 candidatos. Médico e de Cuba, como informa seu próprio nome de urna, ele é estreante em eleição. A chapa do PL gira em torno da reeleição do prefeito, Tiago Rocha, e reúne ainda Republicanos, Podemos, PRD, PRTB, Novo e federação PSDB/Cidadania.
Já em Domingos Martins, o candidato é Piergiorgio Gardina, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Ele nasceu na Itália e faz parte de uma chapa com 12 integrantes do partido. É a primeira vez que disputa eleição e integra a coligação do ex-prefeito Carlinhos Borboleta, que tem ainda União, PRD e PP.
Segundo a Constituição Federal, estrangeiros com cidadania brasileira ou naturalizados têm os direitos políticos garantidos e, portanto, podem se candidatar. O levantamento do Estadão informa que, este ano, a maioria dos “estrangeiros” tentará as câmaras municipais, ao todo, 200. Outros 11 são postulantes a cargos de prefeito e o mesmo número compõe como vice nas chapas. São Paulo lidera as candidaturas, com 57 concorrentes, seguido do Paraná (39), Rio Grande do Sul (24) e Minas Gerais (14). Os homens somam 159, as mulheres, 63; e os principais partidos escolhidos pelos “gringos” são o PT e o MDB.