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Governador pede diálogo com manifestantes, mas Estado responde com bombas

O governador Renato Casagrande criticou os episódios de “vandalismo e depredação” que marcaram os protestos realizado na manhã e tarde desta sexta-feira (19). Repetindo o discurso da tentativa de diálogo com os manifestantes, iniciado nesta semana pelas redes sociais, o socialista afirmou que os participantes do protesto não tinham a intenção de conversar com o governo e focavam apenas na destruição de bens públicos.

“A manifestação de hoje só mostrou que os manifestantes não estão querendo diálogo. Nós temos que ter a cultura da paz, o diálogo como norte de trabalho, e não tivemos isso hoje por parte dos manifestantes. Eles já chegaram destruindo o Palácio Anchieta, um patrimônio do nosso Estado”, afirmou Casagrande, em entrevista coletiva à imprensa.

O governador alega que buscou todas as possibilidades de contato com os manifestantes pelas redes sociais – e pela própria imprensa –, mas que não teve êxito. “Hoje ficou demonstrado que eles não queriam diálogo. São casos de violência e de depredação que o povo capixaba não pode aceitar”, disse o governador. Foram registradas cenas de depredação aos palácios Anchieta e da Fonte Grande, além da sede da Secretaria estadual da Fazenda (Sefaz) e no pedágio da Terceira Ponte.

Apesar do teor das manifestações do governador, um fato inusitado acabou sendo destacado pelas redes sociais. Ao mesmo tempo em que Casagrande se reunia com a cúpula da Segurança Pública – momentos antes de falar com a imprensa –, os relatos eram de que manifestantes eram reprimidos pela Polícia Militar, na praça do Papa, na Enseada do Suá – distante seis quilômetros do local dos protestos. A PM estaria dispersando manifestantes que se concentravam para um novo protesto, marcado para o final da tarde desta sexta-feira (19).

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