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Grito dos Excluídos também será ecoado em cidades do interior do Estado

No próximo dia 7 de setembro, acontece a 30ª edição do Grito dos Excluídos, com o tema “Vida em Primeiro Lugar!”. O lema é “Todas as formas de vida importam, mas quem se importa?”. No Espírito Santo, a manifestação não será restrita a Vitória, e acontecerá também nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, no sul; São Mateus e Aracruz, no norte; e Colatina, na região noroeste, abrangendo, portanto, todas as dioceses do Estado.

Em Cachoeiro, que pertence à Diocese de Cachoeiro, a concentração será às 16h, na Igreja da Consolação, no bairro Guandu. De lá, os manifestantes seguem rumo à Catedral, no centro da cidade. No trajeto serão feitas quatro paradas: no Mercado da Pedra, que fica em Guandu, na praça do Roberto Carlos, na avenida dos bancos, e na rua Barão de Itapemirim, um pouco antes de chegar na Catedral. As três últimas paradas são no centro, locais escolhidos, segundo o vigário especial para Ação Social, Evaldo Ferreira, por ter maior fluxo de pessoas.

Divulgação

Em São Mateus, pertencente à Diocese de São Mateus, a concentração será às 15h, na praça São Benedito, no centro da cidade, onde haverá uma celebração com leituras bíblicas. O ponto de chegada será a Catedral, também no centro, local onde será realizada uma apresentação musical. Ao todo, serão seis paradas, incluindo a concentração na praça.

A segunda será em frente à Câmara Municipal, onde será feita uma reflexão sobre as políticas públicas. A terceira, em frente ao Museu de São Mateus, irá tratar dos direitos dos povos originários. A quarta acontecerá na Praça da Rodoviária, com reflexões sobre democracia e cidadania. A penúltima, na Central de Ambulâncias, tratará das violências estruturais, como o racismo e o machismo. Por fim, antes de chegar à Catedral, será feita uma parada no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), com uma abordagem com foco na desigualdade e justiça social.

“O tema do Grito é sempre pela vida. Aqui em São Mateus, temos problemas sérios com a saúde pública, a educação, ruas mal tratadas. Há muito o que se gritar”, diz uma das organizadoras, Cida Calegari. Os participantes da manifestação estão convidados a doar um quilo de alimento não perecível, que serão divididos entre as cinco paróquias da Diocese: São Mateus, Santo Antônio, Nossa Senhora Auxiliadora, São Lucas e São Daniel Comboni. A partir daí serão doados para famílias em vulnerabilidade social.
Em Colatina, na Diocese de Colatina, a concentração será às 8h, na comunidade Nossa Senhora de Lourdes, no bairro Airton Senna. A primeira parada será no Centro de Referência das Juventudes (CRJ). A caminhada prossegue até a praça do bairro, onde terá um ato ecumênico. Para o Irmão Vicente, um dos organizadores, ao longo de seus 30 anos, a manifestação “foi uma oportunidade dos excluídos de gritar”.


Também na Diocese de Colatina, haverá Grito dos Excluídos em Aracruz, na Praça da Amizade, no bairro Coqueiral de Aracruz, a partir das 14h. Ao contrário dos demais, não haverá caminhada. No local, haverá falas de representantes dos encarcerados, das mulheres vítimas de violência, da comunidade LGBTQIA+, dos quilombolas e indígenas.

Na Capital, a concentração será no Portal do Príncipe, em frente à Rodoviária de Vitória, seguindo rumo ao Palácio Anchieta, tendo como foco principal a questão climática. O coordenador do Fórum Igrejas e Sociedade em Ação, Giovanni Livio, afirma que o Grito já trouxe em outras edições a pauta ambiental com foco na ecologia, mas que se faz urgente tratar das questões climáticas. “Vide as enchentes do início deste ano no sul do Estado e no Rio Grande do Sul”, recorda, referindo-se, no caso do Espírito Santo, às enchentes do mês de março, que afetou municípios como Apiacá, Bom Jesus do Norte, Alegre, Vargem Alta, Muniz Freire, mas principalmente Mimoso do Sul.

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